Saúde

Estado confirma primeira morte por coqueluche e notificações crescem 300%

Publicado em: 16/05/2019 11:16 | Atualizado em: 16/05/2019 19:36

Foto: Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil.)
Foto: Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil.)

A primeira morte por coqueluche ocorrida em Pernambuco, recentemente, foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). O óbito foi registrado no município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR) em dezembro 2018 mas só foi confirmado pela secretaria nesta quinta (16). Neste ano, ainda segundo a SES, não foi registrado nenhum óbito. A doença vitimou um bebê, com menos de 6 meses. Até o dia 13 deste mês de maio, o Estado notificou 401 suspeitas de coqueluche, confirmando 180 casos. No ano de 2018, no mesmo período, foram notificados 131 casos e confirmados 47. Em comparação aos dados de 2018, houve um aumento de 306% nas notificações e de 382% nas confirmações.

Das confirmações feitas neste ano, 153 foram em meninos e meninas menores de 5 anos, que é o público contemplado pela vacina contra a doença. Segundo o pediatra Ubiraci Nogueira, o mais importante na questão da prevenção é a questão do cumprimento adequado do calendário de vacinação que é de três doses antes do primeiro ano de vida, aos dois, quatro e seis meses. Os reforços devem ser dados ao 1 ano e 3 meses e aos quatro anos de idade. A proteção dura, em média, 10 anos. Esta forma de prevenção garante até 70% de imunidade, de forma que pode haver doença mesmo em crianças vacinadas. “Não é 100%, mas é o que temos, e é uma boa forma de prevenção. Por isso, é tão importante o reforço nas épocas certas. E é essencial ainda que os adultos também se vacinem quando houver campanhas, visto que se trata de uma doença altamente contagiosa. E, além disso, caso a criança esteja doente, também os pais ou responsáveis devem ser medicados”, afirma. Mulheres grávidas também precisam tomar a vacina, a partir da vigésima semana de gestação, que é distribuída gratuitamente. A cada gestação, deve haver nova vacinação.

A coqueluche evolui em etapas sucessivas. No início, os sintomas podem ser confundidos com os de uma gripe, pois são coriza, mal-estar, febre, tosse seca. E é em relação à tosse que se encontram os diferenciais da doença, pois ela tem características específicas:  irritante, persistente, intermitente e que pode fazer a criança ficar com falta de oxigênio, arroxeada. “É diferente de uma tosse de gripe ou pneumonia. Ela é prolongada, sufoca. Muitas vezes, a criança pode necessitar de internamento. Quanto menor a idade, maior o risco. É uma patologia que maltrata bastante a criança e ainda mata, até hoje”, afirma Dr. Ubiraci. As formas de contágio são semelhantes as da gripe ou demais patologias da via área. O tratamento é feito com antibiótico. 
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