Segurança

Operação entre polícias Militar, Civil e Federal investiga quadrilha envolvida no roubo a banco em Bezerros

Publicado em: 04/04/2019 13:04 | Atualizado em: 04/04/2019 17:54

Foto: Divulgação/Polícia Federal.
Uma operação realizanda pelas Polícias Militar, Civil e Federal prendeu três suspeitos de praticar assalto à agência da Caixa Econômica do município de Bezerros, na madrugada da última terça-feira (2). 

Entre o materal apreendido estão armas de grosso calibre e coletes a prova de bala. Nesta quinta-feira (4), os policiais envolvidos na operação detalharam o trabalho realizado em coletiva de imprensa, realizada no Quartel do Comando Geral, no bairro do Derby. 

Falaram com os repórteres, o comandante do 1º BIEsp, tenente coronel Antônio Menezes, responsável pelas capturas; o comandante do 4º BPM, tenente coronel Geovani Nascimento, que deu o primeiro combate à quadrilha;  Giovani Santoro, assessor de imprensa da Polícia Federal; o diretor da DIRESP, coronel Fernando Aníbal; e o diretor adjunto da DIRESP, coronel Ely Jobson. 

De acordo com o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Geovani Nascimento, contou que uma viatura que fazia rondas em Bezerros se deslocou para a Caixa Econômica no momento em que se deu o assalto, mas como a ação dos bandidos foi muito rápida, durou não mais que cinco minutos, já não os encontrou no banco. Foi feito o acompanhamento, mas grampos colocados no caminho impediram o efetivo de prosseguir. 

De imediato foi dado o alarme geral a todas as viaturas espalhadas na região, que trataram de fechar as rotas de fuga e passaram a seguir pistas repassadas pela sociedade. 

Uma dessas informações colhidas pelo efetivo levou a polícia até o Sítio Muricy, na zona rural de Caruaru. Ao chegar no local, o efetivo notou o chão remexido e ao chegar encontrou um tonel enterrado com fuzis usados no ataque. Na casa, mãe e filho se entregaram sem reagir, informando que não tinham ligação com o crime.

No entanto, um outro filho da mulher presa foi localizado em Gravatá, e revelou que estava guardando o material para a quadrilha, para receber R$ 3 mil. Com a ajuda de um cão de faro, outro tonel foi encontrado com grampos e outros materiais usados pela quadrilha. Em um veículo, a polícia encontrou explosivos e mais armas, também utilizados em investidas contra instituições bancárias. “Esse tipo de material é usado por mais de uma quadrilha, que ficaram bem mais desarmadas agora. Por isso, acreditamos em uma redução maior no número de ataques dessa natureza”, avaliou o tenente coronel Menezes, comandante do 1º BIEsp. 

Ao todo, com o grupo foram apreendidos: 4 fuzis 556, 2 fuzis 762, 1 pistola .380, 1 pistola 9mm, 10 carregadores de fuzil, 45 munições 9mm, 10 munições calibre 12, 106 munições 556, 34 munições 762, 4 carregadores de pistola, 6 coletes balísticos, 25kg de grampo, 12 rojões, 2 rádios comunicadores, 2 baterias de 12 volts, 12 artefatos explosivos, 1 Hilux blindada, 1 Frontier e 1 Pajero.

Ao realizar as prisões e apreensões, a PM acionou as polícias Federal e Civil, para participarem das investigações, perícias e buscas, para dar robustez às provas contra os detidos e ajudar na localização dos demais membros da quadrilha que ainda não foram encontrados. “Foi uma baixa grande na estrutura dessas quadrihas”, comentou o assessor de imprensa da Polícia Federal, Giovane Santoro, sem adiantar os próximos passos, para não prejudicar o andamento das investigações. 

O diretor da DIRESP lembrou que havia três meses que não acontecia um assalto desta modalidade no Agreste, e a resposta dada pela PM foi “um recado duro para quem pensar em cometer crimes no Estado, seja contra agências bancárias ou qualquer outra atividade criminal”, disse o coronel Aníbal, destacando ainda a efetiva influência das atividades da Força Tarefa Bancos nesse processo. 

Integrada pelas polícias Civil, Militar, Científica e representantes dos bancos, entre outros órgãos, a FT Bancos da Secretaria de Defesa Social (SDS) tem obtido resultados importantes na redução das investidas a instituições financeiras. Desde sua criação, no ano de 2017, já soma 175 prisões. Suas ações de combate aos crimes contra instituições financeiras foram responsáveis pela redução em 67% nessas ocorrências nos primeiros dois meses de 2019, comparando-se com igual período em 2018.
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