Ressocialização

Loja de artesanato, com objetos produzidos por detentos, é inaugurada em Itamaracá

Publicado em: 30/04/2019 18:04

Foto: Divulgação/Seres.
A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), por meio da Gerência de Produção, inaugurou, nesta terça (30), a loja “Seres Artesanato”, onde estarão à venda os produtos feitos por reeducandos do sistema prisional de Pernambuco. A loja fica no Engenho São João, em Itamaracá, onde, diariamente, as atividades de agricultura e pecuária já são todas realizadas por reeducandos do regime semiaberto da Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ).

Mais de 40 tipos de trabalhos artesanais – entre animais, barcos, mesas e jogos educativos, como o xadrez - produzidos por presos de cinco presídios do Estado, estarão expostos para o público em geral e a instituições interessadas. O horário de funcionamento será, inicialmente, de quinta a domingo, das 9h às 17h, e o atendimento será feito por uma reeducanda da Colônia Feminina de Abreu e Lima. A inauguração da loja contará com a presença do secretário-executivo de Ressocialização, Cícero Rodrigues; do gerente de Projetos e Convênios/Seres, Walfrido Uchoa (responsável pelo Engenho); gerentes da Seres e convidados.

Para o secretário Cícero Rodrigues, o engenho representa a oportunidade de trabalho aliada à valorização cultural. "Os detentos têm acesso à atividade produtiva, melhor saída para a ressocialização; ao salário para ajudar a família; ao convívio social e, ainda, prestam uma importante contribuição ao patrimônio histórico do Estado", enumerou. 

Toda a reforma física realizada na loja seguiu uma linha de preservação arquitetônica já que o Engenho São João carrega em sua história o local de nascimento do abolicionista João Alfredo e está entre os primeiros a vapor do Brasil. As máquinas, madeiras e telhados foram reformados de forma a preservar a estrutura e cores originais.

ATIVIDADES – Há no Engenho São João a plantação de maracujá, macaxeira, graviola, banana, ervas medicinais, assim como, a criação de suínos, tilápias e camarão, entre outras atividades. Todo o trabalho de cuidados dos animais e da plantação é realizado pelos reeducandos os quais recebem um salário mínimo, sendo 25% destinado ao pecúlio a ser liberado após a liberdade.

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