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Caso Águas Finas: Empresário era apaixonado pela vida marítima

Publicado em: 23/04/2019 19:14 | Atualizado em: 24/04/2019 08:59

Empresário era administrador de empresas, gostava de pesca e mergulho. Foto: Divulgação.

Mário Cavalcanti Gouveia Júnior, 79: um homem das águas. No trabalho, administrador de um parque aquático. No lazer, além de pescador e mergulhador notável, alguém que adotou como segunda casa um local que tinha o mar como pano de fundo, o Iate Clube do Recife. Lugar que frequentava a bordo da embarcação Regina, batizada com o nome da segunda esposa, e nas mesas do restaurante onde saboreava um cardápio especial. Segundo o primo em terceiro grau e amigo, Ricardo Heráclio, 54, administrador, até no prato o elemento marítimo estava presente de alguma forma: peixe. “Toda semana eu almoçava com ele por lá. Mário adorava comer uma receita que inventou, cioba frita com molho de alcaparras”, contou.

Alegre, empreendedor, brincalhão, amigo, bom pai, filho e marido. Alguém que gostava das coisas boas da vida. Outro adjetivo pelo qual os amigos e familiares também o definem é destemido. Formado em administração de empresas, o pai de dois filhos, um casal, era considerado também alguém preocupado com o seu entorno. Charles Calixto, 46, gerente financeiro do Iate Clube, afirma que o empresário assumiu um papel de destaque no estabelecimento. “Ele contribuiu muito para o local ser o que é hoje, uma pessoa que sempre lutou pelo bem-estar dos ambientes dos quais fazia fazia parte”, afirmou emocionado.

Segundo o amigo João Bosco de Albuquerque, advogado, Mário era pernambucano. Filho único de pai engenheiro e criador do que seria seu prinicipal empreendimento: o Clube das Águas Finas. “Embora tenha vivido toda a juventude como um bom playboy, nunca deixou de se preocupar com o futuro. Tanto que acabou aumentando os negócios do pai, trabalhando com muita galhardia, honra e dignidade. Abarcou a herança empreendedora do seu pai, um homem de visão que investiu no parque aquático em uma época em que não se pensava nisso, em meados da década de 60”, relata. 

João destaca ainda o quanto Mário adorava uma boa música e preocupava-se com a preservação da natureza da região onde morava e trabalhava. “Ele tinha amor por aquela localidade e sempre foi uma questão de ordem para ele pensar mais no coletivo do que no individual. Um grande cidadão de valores morais”, concluiu.
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