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Açude do Xaréu verte em Fernando de Noronha e garante abastecimento de água na ilha

Publicado em: 04/04/2019 19:14 | Atualizado em: 04/04/2019 19:33

Foto: Teresa Maia/DP.
Em Fernando de Noronha, em apenas um dia - nesta quarta-feira (3) - o volume de chuvas acima do esperado levou  o Açude do Xaréu a atingir a capacidade máxima de acumulação e verter. Isso não ocorria desde 2017. Na semana passada, o manancial estava com 85% da  capacidade. O reservatório é a principal fonte hídrica para abastecimento na ilha e responsável por 65% da água distribuída para a população de Noronha. Com cerca de 411 mil metros cúbicos de água armazenados, Xaréu garante a disponibilidade de água para a ilha por mais de um ano, aproximadamente, mesmo que não chova mais.

A quadra chuvosa, iniciada neste mês, deixou os técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) otimistas, uma vez que, no ano passado, embora tenha ocorrido chuvas, Xaréu não chegou a "sangrar". No entanto, a Compesa esclareceu que ainda não é possível ainda melhorar a distribuição de água para os moradores por meio do açude, pois a companhia já realiza a captação do volume máximo permitido no reservatório.

"Se explorarmos mais do que já fazemos hoje, podemos secar o açude muito mais rápido, comprometendo a preservação desse manancial e também o atendimento da população em períodos posteriores. Além disso, o sistema de tratamento de água do Xaréu foi dimensionado para operar com o volume o máximo que é permitido ser retirado dele", explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Bruno Gonçalves.

Segundo ele, além do tratamento realizado na água proveniente do açude, o abastecimento de Noronha é complementado com a produção gerada pelo sistema de dessalinização e uma pequena contribuição de alguns poços. Para reduzir, de forma definitiva, o calendário de abastecimento praticado em Fernando de Noronha, que hoje é de um dia com água para sete dias sem, a alternativa estudada pela Compesa é a ampliação da capacidade do Sistema de Dessalinização da água do mar – que hoje já é o maior utilizado no Brasil para abastecimento humano. 
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