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Palestra discute direito à cidade na atual conjuntura do país

Publicado em: 13/03/2019 21:42

A arquiteta, professora universitária, pesquisadora acadêmica e uma das principais ativistas na história do direito à cidade no país Ermínia Maricato será a convidada especial da mesa “A Conjuntura Atual do País e o Direito à Cidade”, realizado pela Articulação Recife de Luta nesta quinta-feira (14), às 19h, no Auditório B da Unicap, no Bairro da Boa Vista. Além de Maricato, estarão presentes à mesa a comunicadora Mônica Oliveira, da Rede de Mulheres Negras, e o professor da UFCG Demóstenes Moraes. O espaço tem entrada franca e faz parte da discussão que a articulação vem fazendo desde o ano passado sobre o planejamento urbano do Recife no contexto da revisão do Plano Diretor.

Atualmente, um dos principais órgãos federais reguladores e propulsores de políticas públicas para as cidades, o Ministério das Cidades, fundado no ano de 2013, foi extinto pelo atual governo federal. Era esse o ministério responsável pelo acompanhamento normativo das proposições e da revisão dos Planos Diretores de cidades do Brasil com mais de 20 mil habitantes. A sua extinção deixa sérias lacunas sobre como as cidades serão geridas e como poderemos agir pela sua sustentabilidade nas próximas décadas. 

Localmente, o Recife está passando há cerca de seis meses pelo processo de revisão do Plano Diretor, realizado em meio a uma série de denúncias de ausência de participação popular efetiva e falta de execução e entrega de estudos e documentos então licitados, gerando uma série de prejuízos - e não apontando soluções - para uma cidade que ainda reflete vários problemas de habitação, falta de desenvolvimento sustentável, esgotamento sanitário e mobilidade por conta das decisões tomadas - ou não - em seus planos anteriores.

Esses serão alguns dos temas abordados durante a mesa, à luz da conjuntura histórica política brasileira que vem construindo as nossas cidades e o espaço urbano há décadas e há séculos, muitas vezes de forma ineficaz e desigual. Que problemas ainda nos recusamos a enfrentar? Que soluções podem ser abordadas? O que esperar do atual contexto político, econômico e social?
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