VILA

Igreja secular é arrombada no Cabo de Santo Agostinho

Criminosos quebraram cadeados e correntes e levaram dinheiro dos cofres

Publicado em: 19/02/2019 23:16 | Atualizado em: 20/02/2019 19:51

Crime ocorreu na madrugada do último domingo. Foto: WhatsApp/Divulgação
Ladrões arrombaram a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, na Vila de Nazaré, Cabo de Santo Agostinho, e levaram o dinheiro doado por turistas nos cofres do templo. Não se sabe a quantia furtada, mas os cofres, cujos recursos são destinados principalmente à manutenção do monumento do período colonial, guardavam doações desde o Natal do ano passado.

Os criminosos entraram na loja de objetos sacros, onde arrombaram um baú que estava amarrado a correntes com dois cadeados grandes, e uma das portas laterais da igreja. Em áudio em que lamenta o crime e encaminhado aos fiéis, frei Luiz Nunes, administrador da igreja, afirma que "não mexeram na igreja. Não mexeram em sacrário. É gente que sabe bem o movimento dali e levou o dinheiro dos cofres. Não sei quanto tinha. Deus é que sabe".

Esse foi o primeiro crime do tipo, na igreja, nas duas últimas décadas. O zelador Mariano Manoel Amâncio, que trabalha no templo deste o ano 2000, afirma nunca ter visto coisa igual. O crime entristeceu o zelador e a comunidade católica. Para frei Luiz, conforme o áudio, o arrombamento seguido de furto é um desrespeito à comunidade e a Deus. "Deus é santo. Ele não pode ser zombado por nós e nem ridicularizado por nós", advertiu.

Com o crime, o frade, ligado à Ordem dos Carmelitas, começou a analisar a possibilidade de instalar um sistema eletrônico de segurança. A igreja, da qual há relatos da última década dos anos 1500, tem apenas uma missa por semana, no sábado à noite. Apesar disso, é aberta à visitação durante quase toda semana, quando recebe turistas de todo o país e do exterior.

Das doações dos turistas vêm parte dos recursos para as despesas de manutenção, com energia elétrica e abastecimento d'água do templo. A igreja fica no Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti, território de 270 hectares e em que se encontram ruínas de um convento e de um sistema de defesa. O sistema inclui quartel, fortes e baterias.
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