Justiça

Acusados de matar o médico Artur Eugênio começam a ser julgados nesta segunda

O médico Cláudio Amaro, apontado como mandante, e o Jailson Duarte, como intermediário, serão submetidos a Júri popular em Jaoboatão

Publicado em: 10/12/2018 10:12 | Atualizado em: 10/12/2018 15:16

Cláudio Amaro já teve o diploma cassado em abril desse ano pelo Cremepe. Foto: Nando Chiapetta/DP

Acontece nesta segunda-feira (10) o julgamento de dois acusados pela morte do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, em maio de 2014. O ex-médico (teve o diploma cassado pelo Cremepe em abril deste ano) Claudio Amaro Gomes, que seria o mandante do crime, e Jailson Duarte César, que seria o intermediário para contratação e demais contatos com os executores, vão ser julgados pelo Tribunal do Juri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes. O despacho da juíza Inês Maria de Albuquerque Alves foi publicado, definido os procedimentos que acontecerão no Fórum de Jaboatão, que fica na BR-101 Sul, na Muribeca. A sessão, que tinha previsão inicial de durar até cinco dias, pode terminar na quarta-feira (12). 

Os advogados de defesa conseguiram uma liminar que autorizou a retirada da exibição de mais de 40 horas de mídias que seriam apresentadas. Já a defesa de Jailson não irá usar três testemunhas que havia convocado.

Cláudio Amaro Gomes teve prioridade para ser levado ao banco dos réus, por ser o mais velho entre os acusados, conforme prevê o Estatuto do Idoso e também por responder o processo preso, que é critério para encurtar o caminho para o julgamento, que definirá a sua situação legal.

O advogado Daniel Lima, que defende os interesses da família do médico Artur Eugênio, acredita que desta vez os procedimentos serão levados adiante, pois na marcação anterior, no mês de novembro, alguns recursos da defesa impediram a instalação do Tribunal do Juri.

O caso – Cláudio Amaro Gomes, seu filhos Claudio Amaro Gomes Júnior, Lyferson Barbosa da Silva, Flávio Braz de Souza e Jailson Duarte César foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídio duplamente qualificado como responsáveis pela morte do Dr. Artur Eugênio de Azevedo Pereira, executado com tiros na cabeça e nas costas na noite do dia 12 de maio de 2014, nas margens da BR-101, próximo a Comportas, em Jaboatão dos Guararapes. Ele foi seguido desde o local de trabalho e abordado quando chegava à sua residência, sendo levado ao local onde foi morto. O carro dele foi incendiado na mesma estrada, já no Recife.

Artur e Cláudio eram cirurgiões torácicos e trabalharam juntos, até Artur descobrir irregularidades cometidas por Cláudio em procedimentos cirúrgicos no Hospital das Clínicas, passando a ser perseguido, situação que se complicou quando Artur passou a se destacar cada vez mais no cenário médico pernambucano.
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