Desabastecimento

Quatro cidades da RMR ficarão sem água até quinta

Interrupção será necessária para conclusão de serviços de automação do Sistema Botafogo. População ficarão 58 horas sem água

Publicado em: 19/08/2018 20:37 | Atualizado em: 19/08/2018 20:57

Estação de Tratamento de Botafogo (Divulgação Compesa)
Estação de Tratamento de Botafogo (Divulgação Compesa)

Quatro cidades da Região Metropolitana do Recife, atendidas pelo Sistema Botafogo de abastecimento de água, terão seus fornecimentos interrompidos a partir das 22h desta segunda-feira (20) até as 08h da quinta-feira (23). Em Olinda, a paralisação será em toda a cidade enquanto em Paulista, Igarassu e Abreu e Lima a interrupção no fornecimento de água será parcial. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o desabastecimento de água será necessário para a conclusão dos serviços de automação de toda a rede distribuidora do Sistema Botafogo. Contando com os quatro dias, os municípios passarão 58 horas sem água nas torneiras.

“O prazo da paralisação corresponde ao tempo de realização dos serviços e do período necessário para esvaziamento (antes das intervenções) e enchimento das adutoras, reservatórios e rede de distribuição, antes da retomada do abastecimento. Serão realizados serviços para a instalação de três válvulas de grande porte na saída do Reservatório de Navarro, no Paulista. Após o término das intervenções, que ainda incluem manutenção eletromecânica preventiva em unidades do sistema, o abastecimento de água será restabelecido seguindo o calendário de cada localidade”, informou em nota a Compesa. 

Ainda de acordo com a companhia, o recurso da automação permite a modernização e o aumento da eficiência operacional dos sistemas de abastecimento de água, melhorando a prestação dos serviços à população, além de reduzir as perdas. “A automação é um investimento importante para a melhoria operacional das nossas unidades, faz parte do planejamento estratégico da companhia. O sistema automatizado permite mais assertividade no cumprimento do calendário nas áreas que são abastecidas por meio de rodízio. Nas localidades atendidas por poços, por exemplo, conseguimos identificar falhas no sistema, em tempo real, acelerando os serviços de manutenção e ações corretivas para restabelecer o abastecimento para a população muito mais rápido”, explica o gerente de Automação da Compesa, Anderson Quadros.

O projeto de automação Sistema Botafogo já está 70% concluído, contempla 118 unidades operacionais, entre reservatórios, válvulas de controle do sistema e estações de bombeamento. Tem previsão de ser finalizado em fevereiro de 2019. Esse projeto recebe um investimento de R$ 11 milhões, recursos financiados pelo Governo do Estado junto ao BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento).

“O projeto prevê a automação de toda a malha da rede distribuidora que faz a macro operação do sistema e corresponde cerca de 50 quilômetros de adutoras e subadutoras, desde a saída da estação de tratamento de água de Botafogo, em Igarassu, até as dezenas de reservatórios que abastecem as localidades nos quatro municípios. Hoje, as ações de controle operacional da rede distribuidora de Botafogo são feitas manualmente, o que se torna muito complicado, diante das dimensões e abrangência do sistema”, explica a Compesa.

A tecnologia da automação permite que, com apenas um clique, todo o sistema se ajuste. 
Na RMR, já contam com unidades automatizadas e interligadas aos centros de controles os sistemas produtores de água de Pirapama, Tapacurá e Suape, e no interior do Estado, os sistemas adutores do Oeste, Jucazinho, Belo Jardim, Siriji e Afrânio/Dormentes.


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