São João
Sítio Trindade dá continuidade ao Concurso de Quadrilhas do Recife
O evento, que acontece desde o dia 12 deste mês, seguirá até o dia 30 em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife
Por: Samuel Calado
Publicado em: 20/06/2018 19:13 | Atualizado em: 20/06/2018 19:34
Na noite dessa terça-feira (19), várias pessoas foram até o Sítio Trindade, no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, para prestigiar as eliminatórias do 34º Concurso de Quadrilhas Juninas. O evento, que acontece desde o dia 12 de junho, seguirá até o dia 30. O Diario está realizando a cobertura em tempo real nas plataformas digitais Facebook e Instagram.
A Junina Quentão, do município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, abriu o ciclo de apresentações com o espetáculo em homenagem ao brega pernambucano, reconhecido em maio de 2017 como expressão cultural do estado. O grupo trouxe para o arraial do Sítio um repertório com grandes sucessos de artistas locais como o rei Reginaldo Rossi, que faleceu em 2013 e deixou grandes sucessos como Leviana, A raposa e as uvas, Garçom e Em Plena Lua de Mel.
Segundo o brincante Liro, Brandão, da junina Quentão, o objetivo do tema foi de mostrar ao mundo junino a importância do ritmo romântico e quente tão presente no cotidiano das pessoas. “É um espetáculo que resgata as lembranças de quem ouve. Quem nunca passou nos centros comerciais e ouviu aquele carrinho de som tocando o nosso brega? Ele está em toda parte, no rádio, na internet, nas festas e nos relacionamentos”.
A primeira dama da quadrilha, Ana Cláudia disse que é costume ouvir vários músicas de brega nas festividades da família aos domingos: “Se não tiver um brega a festa fica morgada, por isso colocamos sempre. Reginaldo Rossi não pode faltar nessa lista. É impossível não dançar”, relatou.
Após a Quentão foi a vez da Junina Mandacaru de Limoeiro entrar no arraial com o espetáculo A incelência, baseado na obra de mesmo nome do timbaubense Luiz Marinho e adaptada pelos quadrilheiros Américo Barreto e Fábio Costa. O grupo brincou com o tema da morte e trouxe um cenário com riqueza de detalhes.
O marcador e presidente Jadenilson Gomes, disse que o movimento das quadrilhas já está no sangue do pernambucano. “Fazer quadrilha não é fácil, mas com muita emoção conseguimos deixar os problemas de lado e curtir a festividade com alegria. Viver o ciclo junino com a família é a melhor coisa do mundo. Nós da Mandacaru trazemos isso nos arraiais”, enfatizou.
A última a se apresentar foi a Bacamarte, do Cabo de Santo Agostinho com o espetáculo Sertão de Lua que homenageou o cantor Luiz Gonzaga, falecido em 1989 aos 76 anos de idade. A junina do Cabo de Santo Agostinho surpreendeu a todos que foram prestigiar a apresentação com a excelente desenvoltura tanto em coreografia quanto em expressividade. Trouxeram para o palhoção uma estrutura feita de metal que suspendeu os protagonistas. A ator Val Martins, que interpretou o Rei do Baião na cena final em meio aos efeitos especiais de chuva de prata, relatou que foi uma emoção imensa interpretar o grande Luiz Gonzaga. “Gonzagão foi muito além de cantor e compositor! Ele mostrou a importância dos nordestinos na formação da identidade cultural brasileira e deu visibilidade ao nosso ritmo, o forró”.
O Concurso segue até o dia 30, a partir das 20h. O Diario continuará cobrindo as apresentações em tempo real nas plataformas digitais.
Assista as apresentações da noite dessa terça-feira (19):
1. JUNINA QUENTÃO
2. JUNINA MANDACARU DE LIMOEIRO
3. JUNINA BACAMARTE
Confira a programação dos próximos dias:
20/06
20h - Junina Matutinho
20h45 - Flor da Sulanca
21h30 - Junina Traquejo
22h15 - Beija Flor
23h - Dona Matuta
21/06
20h - Junina Cariri
20h45 - Mistura de Cor
21h30 - Junina Forró Fiá
22h15 - Vai Vai na Roça
23h - Cambalacho
22/06
20h - Junina Xotear
20h45 - Estrela Matutada
21h30 - Chá de Zabumba
22h15 - Magia Matuta
23h - Junina Raízes
23h45 - Junina Zabumba
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