Crime
Assassinato das adolescentes Maria Eduarda e Tarsila completa 15 anos
O caso foi investigado cinco vezes, duas delas pela Polícia Federal, e em todas as conclusões os irmãos Marcelo e Valfrido foram apontados como autores do crime
Publicado em: 03/05/2018 07:52 | Atualizado em: 03/05/2018 07:57
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A morte das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão completa 15 anos nesta quinta-feira, dia 3 de maio. As duas adolescentes, ambas com 16 anos, foram encontradas em estado de decomposição, depois de dez dias de desaparecidas, em um canavial no distrito de Camela, Zona Rural de Ipojuca. Na véspera do sumiço, elas tinham saído com amigos de Serrambi para um passeio de lancha e foram vistas pela última vez na Praia de Maracaípe, litoral Sul do estado. Por isso, o crime ficou conhecido como o Caso Serrambi.
Os irmãos kombeiros Marcelo e Valfrido Lira foram acusados pelas polícias civil e federal como autores do crime. Eles alegam ser inocontes. Mas terminaram sendo absolvidos em um júri popular realizado em 2010.
Em março de 2015, o Tribunal de Justiça julgou a apelação do Ministério Público que pedia a anulação do júri, mantendo o resultado. Mas o advogado Bruno Lacerda, que atuou como assistente de acusação do MPPE, entrou com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça, que ainda não foi julgado.
O pedido de anulação do julgamento que inocentou os kombeiros por quatro votos contra três foi feito pelos promotores Ricardo Lapenda e Salomão Abdo Aziz, que acompanharam o caso à época, e pelos pais da adolescente Tarsila Gusmão. A acusação apontou três pontos considerados favoráveis à nulidade, mas os desembargadores não acharam suficiente.
O júri ocorreu sete anos após o crime, devido às divergências entre o promotor Miguel Sales, falecido em outubro de 2014, e a Polícia Civil. O caso Serrambi foi investigado cinco vezes, duas delas pela Polícia Federal.
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