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Paulista

Quatro pessoas são presas pelo espancamento e morte de jovem na Praia de Maria Farinha

Os suspeitos foram reconhecidos por testemunhas que participavam de festa em parque aquático no dia da agressão

Publicado: 30/04/2018 às 10:23

Delegada Larissa apresentou nesta manhã resultado do inquérito sobre a morte de Matheus Chagas. Foto: Polícia Civil/Divulgação/

Delegada Larissa apresentou nesta manhã resultado do inquérito sobre a morte de Matheus Chagas. Foto: Polícia Civil/Divulgação/

Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com a morte do jovem Matheus da Chunha Chagas, 21 anos, no dia 8 desse mês, na Praia de Maria Farinha, em Paulista. Os suspeitos foram presos na última quinta-feira. A polícia ainda investiga a participação de um adolescente de 17 anos. José Paulo Barbosa da Silva, Erick Leandro Sacramento Nascimento, Mateus Ferreira Santos e Wallyson Cavalcanti de Oliveira tiveram prisão temporária decretada e foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Matheus Chagas participava de uma festa num parque aquático, em Paulista, quando foi espancado até a morte na beira da praia. Ele teria caido sobre uma barraca de camping que pertencia ao grupo e despertado a fúria dos suspeitos. 
Delegada Larissa apresentou nesta manhã resultado do inquérito sobre a morte de Matheus Chagas. Foto: Polícia Civil/Divulgação
De acordo com a delegada Larissa Souza, adjunta da Delegacia de Homicídios de Paulista, os quatro serão indiciados por homicídio qualificado, justamente por ter cometido o crime por motivo fútil. "A vítima estava sozinha na festa e foi agredida de forma covarde. Ele já estava no chão, quando foi espancado novamente", esclareceu a delegada. A polícia chegou até os envolvidos com a ajuda de testemunhas, que participavam da festa reconheceram os suspeitos por meio de fotografias. "Inicialmente, eles quiseram negar a participação no episódio que terminou com a morte de Matheus, mas diante do suporte probatório da investigação, eles acabaram confessando", contou a delegada. 

O que mais chamou a atenção da polícia foi a frieza dos suspeitos. Eles chegaram no local na noite, véspera do fato. A agressão ocorreu por volta das 9h, mas os suspeitos só deixaram a praia depois das 13h do domingo. "Qualquer depois de uma situação dessas teria ido embora, mas eles permaneceram no local, como se nada tivesse ocorrido. Quando voltaram para casa, ainda foram comentando sobre o espancamento dentro do ônibus, zomando, desdenhando a víitma. A preocupação deles era só com o prejuízo financeira por conta da barraca de camping que ficou danificada", comentou a delegada. 

Segundo a investigação, Matheus caminhava em direção ao mar, quando caiu sobre a barraca dos envolvidos. "Eles se revoltaram e agrediram a vítima. Matheus, mesmo agredido, chegou a entrar no mar para tentar fugir dos acusados, mas quando saiu foi atingido com socos, pontapés e uma garafada na cabeça", falou. Quando a participação do menor de 17 anos, a Polícia já adiantou que deverá pedir também a sua apreensão. "Ele foi ouvido no inquérito, mas nega envolvimento. Mas temos testemunhas que afirmam ter visto ele na hora do espancamento. Vamos encaminhar o inquérito a Justiça para que definam a situação do mesmo.  A Polícia informou também que investiga se houve negligência por parte dos seguranças que trabalhavam na festa do parque aquático. "A investigação continua. Esse será um ponto ainda ser esclarecido", disse a delegada Larissa Souza. 

Em nota, a produção do evento divulgou que apesar de o fato ter ocorrido na areia da praia, fora do espaço onde ocorria a festa, a equipe médica prestou os primeiros socorros, removendo a vítima para pronto socorro mais próximo, usando uma UTI móvel contratada pela organuização para prestar assistência no local. 
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