CHUVAS

Famílias da Zona Norte ficam ilhadas e várias áreas sofrem com alagamentos

Aumento da concentração de núvens motivou Apac a estender alerta de chuvas fortes para até a segunda-feira (09)

Publicado em: 08/04/2018 10:09 | Atualizado em: 08/04/2018 17:28

Familias que habitam em palafitas nos bairros Cajueiro e Campina do Barreto tiveram casas invadidas pela água. Foto: WhatsApp/Divulgação (Familias que habitam em palafitas nos bairros Cajueiro e Campina do Barreto tiveram casas invadidas pela água. Foto: WhatsApp/Divulgação)
Familias que habitam em palafitas nos bairros Cajueiro e Campina do Barreto tiveram casas invadidas pela água. Foto: WhatsApp/Divulgação (Familias que habitam em palafitas nos bairros Cajueiro e Campina do Barreto tiveram casas invadidas pela água. Foto: WhatsApp/Divulgação)
A forte precipitação de chuva na Região Metropolitana do Recife provocou mais do que transtornos para pedestres e motoristas acostumados com alagamentos de ruas neste domingo. Famílias que habitam nas áreas ribeirinhas dos bairros de Beberibe, Cajueiro e Campina do Barreto tiveram residências invadidas pelas águas do Rio e chegaram a ficar ilhadas na Região Norte da Capital. Houve pedido de socorro ao Corpo de Bombeiros, que deslocou uma equipe com bote para o local aproximadamente às 5h20. Segundo a corporação, as famílias preferiram esperar a água baixar e não houve registro de feridos nem vítimas. A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) renovou o alerta de chuvas fortes para até toda a segunda-feira.

O meteorologista de plantão na Apac, Fabiano Prestrelo, explica que o alerta emitido anteriormente somente seria cancelado se a concentração de nuvens diminuísse, mas ocorre o contrário, ela está aumentando. O alerta vale para toda área litorânea de Pernambuco, incluindo a Região Metropolitana do Recife (RMR), Zona da Mata e Agreste. Segundo a agência, chove muito na área, com destaque maior para a RMR e, nela, principalmente Recife, seguido dos municípios de Abreu e Lima, Jaboatão dos Guararapes e Ipojuca. 

“Nas últimas 48 horas choveu 98,4 milímetros no Recife, o que é um volume volume bastante considerável, apesar de estarmos no período chuvoso”, diz o meteorologista Fabiano Prestrelo. Segundo a Apac, chuvas a partir de 30 milímetros num dia já provocam transtornos. A precipitação acumulada equivale em média a 64% acima dos 30 milímetros por dia. Mas o meteorologista destaca que as chuvas são historicamente esperadas porque o período chuvoso para a área em alerta começa em 1º de abril e segue até julho, quando  se espera intensificação das chuvas. O problema é que por ser muito urbanizado, o Recife enfrenta dificuldade para infiltração da água e o motivo principal do alerta é permitir a mobilização da defesa civil, explica. Em Palmares, a 128 quilômetros da Capital, na Zona da Mata, uma estação da Apac registrou 20 milímetros, o que não é considerado uma chuva forte. 

Alagamento na Rua Gratuliano Glasner, no Cordeiro, tornou obrigatório a improvisação de balsas para deslocamento de moradores. Foto: WhatsApp/Divulgação (Alagamento na Rua Gratuliano Glasner, no Cordeiro, tornou obrigatório a improvisação de balsas para deslocamento de moradores. Foto: WhatsApp/Divulgação)
Alagamento na Rua Gratuliano Glasner, no Cordeiro, tornou obrigatório a improvisação de balsas para deslocamento de moradores. Foto: WhatsApp/Divulgação (Alagamento na Rua Gratuliano Glasner, no Cordeiro, tornou obrigatório a improvisação de balsas para deslocamento de moradores. Foto: WhatsApp/Divulgação)
Como é rotina com a ocorrência de chuva, ruas e avenidas do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes amanheceram alagadas. Em Boa Viagem, na Região Sul do Recife, tombou parte do muro  da academia Maysa, na Rua José Hipólito Cardoso, 225, sem registro de vítima. Moradores da área dizem ter ouvido um forte estrondo e acreditam que o incidente tenha sido causado por um raio. O Corpo de Bombeiros não tem registro disso.

O Corpo de Bombeiros executou três resgates. Às 7 horas, um idoso de 60 anos e uma criança de um ano foram resgatados na Avenida Rio Morno, em Dois Unidos. Às 8h15, duas crianças de 7 e 11 e uma idosa de 62 anos foram removidos na Rua Guaíra, na Linha do Tiro. E às 9h50, um idoso com dificuldades de locomoção foi retirado de uma residência ilhada na Rua Doutor Trindade Henrique, no Porto da Madeira, mas o restante da família decidiu permanecer no imóvel. Foram relatados alagamentos em outras áreas, incluindo o da Rua Gratuliano Glasner, no Cordeiro, Região Oeste do Recife, houve necessidade de improvisar uso de balsa. A Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife (Sedec) pode ser acionada por ligações gratuitas para 0800-081-3400.

 

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