Segurança

Dados parciais da SDS apontam redução de 34% nos assassinatos em Pernambuco

Números são referentes ao mês de março, em comparação ao mesmo período de 2017. Divulgação oficial será no dia 13.

Publicado em: 06/04/2018 21:07

Dados preliminares da violência em Pernambuco, apresentados durante o 5º Congresso Pernambucano de Municípios, apontam uma redução de 34% nos  homicídios em março. No último mês, o estado teria registrado 365 assassinatos, contra 551 no mesmo período do ano passado. As estatísticas foram reveladas pelo secretário Antônio de Pádua, durante o lançamento do projeto Cidade Pacífica. Capitaneado pelo Ministério Público (MPPE), a ação visa criar um índice de pacificação para estimular as gestões municipais a combaterem a violência.

No primeiro trimestre deste ano, Pernambuco apresentou uma redução de 19% no total de assassinatos cometidos. Os números de março são 12% menores que os registrados em fevereiro, quando ocorreram 416 crimes violentos letais intencionais (CVLIs). Entre janeiro e março de 2018, foram 1,2 mil assassinatos, contra 1,5 mil dos mesmos meses de 2017. Em março, uma diminuição de 25% também foi registrada nas ocorrências de crimes violentos contra o patrimônio, com 8,1 mil casos; e de 51% em roubo a ônibus, com 72 registros. “Podem haver mudanças ainda, a depender de alguns inquéritos. Mas estamos trabalhando para essa diminuição”, ponderou Antônio de Pádua. A divulgação oficial dos dados ocorrerá no próximo dia 13.

A SDS participou do congresso na tentativa de estimular os gestores municipais a se engajarem no projeto Cidade Pacífica. A ideia do MPPE é fomentar ações concretas no combate à violência nas cidades integrantes do território estadual. Para isso, serão feitas sugestões de ações em nove eixos temáticos: guadar municipal pacificadora; segurança nos estabelecimentos comerciais/bancários; esporte pacificador/cultura/lazer; mesa municipal de segurança; proteção integrada pacificando escolas; empresas solidárias; transporte pacificador; iluminação apcificadora; e pacificando bares e similares.

Os municípios podem firmar convênio com o Ministério Público, por intermédio da promotoria local, para aderir ao projeto. Eles recebem capacitação e, a partir daí, são obrigados a implementar políticas nos cinco primeiros eixos e em mais dois, de acordo com a realidade local. Haverá um monitoramento realizado a cada dois meses e, ao final de um semestre, será dada uma certificação.

“Iremos ter acesso aos dados da SDS para, ao final, fazer uma comparação se houve efetivamente uma redução da violência nas cidades participantes e apresentar um ranking”, explicou o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça na área Criminal (CAOP-Criminal), Luiz Sávio Silveira. Para fazer o ranqueamento, foram estabelecidos pesos para cada cidade, de acordo com o tamanho territorial, a população e outros fatores.

O Cidade Pacífica é inspirado em um projeto anterior do MPPE, o Pacto dos Municípios pela Segurança Pública, mas que só teve adesão de 73 das 184 cidades. E muitas delas abandonaram as medidas no meio do processo de implementação. Para Antônio de Pádua, dessa vez a diferença está na previsão de punição para o não cumprimento das metas. A certificação dada aos municípios também possibilitará o acesso a linhas de crédito para investimento na qualidade de vida do cidadão.
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