Saúde

Família de Olinda não teve botulismo

Testes realizados em pacientes que apresentaram sintomas não indicaram presença da toxina botulínica. SES investiga o caso

Publicado em: 28/03/2018 15:00

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou nota, na tarde desta quarta-feira, informando que os resultados laboratoriais das amostras humanas de casos suspeitos de botulismo não revelaram a presença da toxina botulínica. Os alimentos coletados no domicílio da família moradora de Olinda, que teve os sintomas, não apresentaram condições para multiplicação do microrganismo Clostridium botulínico, que produz a toxina.

As análises foram realizadas no Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional, em São Paulo. De acordo com o instituto, não foi encontrada a presença da toxina nas amostras do paciente de 48 anos (sangue, fezes e lavado gástrico) e de seu pai, de 69 (sangue), ambas coletadas em tempo oportuno (até oito dias do início dos sintomas). O filho recebeu alta no dia 5 de fevereiro e seu pai faleceu no último domingo.

Pai e filho foram internados em 20 de janeiro - o primeiro numa unidade privada de saúde e o último numa pública. Eles receberam o soro antibotulínico no dia 25, um dia após a notificação dos casos à SES. Atualmente, a SES aguarda que a unidade privada na qual o pai estava internado disponibilize o prontuário completo para análise.

O soro deve ser aplicado até sete dias após o início dos sintomas. Por ter passado desse período, a esposa do paciente mais velho e mãe do mais jovem, internada em 7 de janeiro, não teve indicativo para o uso. A mulher de 65 anos continua hospitalizada e, de acordo com a unidade privada onde está sendo tratada, tem quadro estável e melhora na movimentação dos membros.

A Secretaria Estadual de Saúde foi notificada da suspeita de botulismo no dia 24 de janeiro e, de imediato, colocou em prática os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde para esse tipo de situação, inclusive realizando as coletas. A SES ressaltou que continua monitorando o caso e que discutirá com especialistas os dados já coletados.

O órgão informou que técnicos da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), juntamente com a Vigilância Sanitária de Olinda e a Vigilância Epidemiológica da SES, estiveram na casa dos pacientes no dia 29 de janeiro. No local, foram coletadas algumas amostras de alimentos. Os materiais foram enviados ao Instituto Adolfo Lutz, que não identificou condição para presença da toxina botulínica. A SES acrescentou que são raras as ocorrências de botulismo em Pernambuco. A secretaria notificou um caso em 2007 e 3 em 2016. Em todos, os pacientes evoluíram bem, sem sequelas.
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