Meio Ambiente

CPRH investiga a possibilidade de 'maré vermelha' em Muro Alto

Peixes e crustáceos foram encontrados mortos em uma área de aproximadamente 100 metros

Publicado em: 15/03/2018 17:23 | Atualizado em: 15/03/2018 17:55

Fenômeno maré vermelha é causado pelo crescimento excessivo de algas microscópicas presentes no plâncton marinho. Foto: Jaime Loyd/Flickr
A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) está investigando a possível presença do fenômeno maré vermelha em uma área de 100 metros da Praia de Muro Alto, Ipojuca, Litoral Sul do estado. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano de Ipojuca, peixes e crustáceos foram encontrados mortos a cerca de 1 km do local onde o Rio Ipojuca deságua no mar. O resultado das análises que estão sendo feitas pela CPRH deve ser divulgado nesta segunda-feira (19).

A maré vermelha é um fenômeno natural que provoca manchas de coloração escura na água do mar. As manchas são causadas pelo crescimento excessivo de algas microscópicas presentes no plâncton marinho, num processo chamado de floração. No litoral pernambucano, costuma acontecer nos meses de fevereiro ou março e setembro ou outubro.

De acordo com o engenheiro florestal e presidente da CPRH, Eduardo Elvino, existe grande possibilidade de a ocorrência registrada em Muro Alto ser o fenômeno maré vermelha. "Um conjunto de fatores leva a isso: temperatura e salinidade altas, além de grande concentração de material orgânico. Se em nossas análises for confirmada a presença de microalgas, comprovamos o fenômeno", afirma.

Elvino informou ainda que, além de analisar a água coletada no mar de Muro Alto, equipes da CPRH estão fazendo fiscalizações no curso do Rio Ipojuca, pois o órgão recebeu a denúncia de que uma usina de cana-de-açúcar estaria descartando dejetos irregularmente no curso de água.

O secretário de Meio Ambiente e Controle Urbano de Ipojuca, Erivelto Lacerda, informou que a prefeitura do município está aguardando o resultado dos estudos que estão sendo feitos pela CPRH para tomar decisões sobre o caso. "Identificamos a morte dos animais marinhos no domingo (11). A segunda-feira (12) foi o dia mais crítico, com a morte de mais peixes e crustáceos. Levamos alguns animais mortos e amostras de água para a CPRH, que voltou a praia para fazer outras coletas na terça. Agora, aguardamos o resultado das análises. Hoje (15), a área já está normalizada, sem interdição, mas sendo monitorada", disse.

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