Polícia
Três linhas de investigação para assassinato de mulher em Aguazinha
Marcela Gomes Leite, 32 anos, morta com mais de 30 facadas, será sepultada na tarde desta quarta-feira
Publicado em: 27/12/2017 07:30 Atualizado em: 27/12/2017 07:33
A titular da Delegacia de Homicídios de Olinda, Fabiana Leandro, trabalha com três linhas de investigação, mas admite ser grande a possibilidade de que a morte de Marcela Gomes Leite, 32 anos, seja mais um caso de feminicídio. A delegada, no entanto, preferiu não adiantar quais são as outras linhas investigadas. Marcela foi morta com mais de 30 facadas.
Familiares aguardavam a liberação da casa para tentar localizar um documento original para garantir o sepultamento do corpo, previsto para as 16h de hoje, no Cemitério de Guadalupe, em Olinda. Evangélica da Igreja Batista, auxiliar de ensino, Marcela sempre saía de casa por volta das 6h, o que não ocorreu na manhã de ontem.
As últimas pessoas da família a verem Marcela com vida foram as irmãs que a deixaram em casa às 20h da segunda-feira, Joyce Gomes de Souza Leite, 29, Valéria Gomes, 30, e Taíza Gomes, 28. Elas voltavam de uma festa.
Marcela morava no primeiro andar de uma casa conjugada junto com a filha adolescente de 13 anos, que no dia anterior havia ido para a casa dos avós paternos. As portas foram arrombadas quando a mãe, Sônia Conceição Gomes, 51, foi chamá-la, achando que a filha havia se atrasado para o trabalho.
Desconfiada por encontrar abertas as janelas da porta que Marcela sempre mantinha fechadas, ao ver sangue, Sônia se desesperou. Chamou parentes e vizinhos que arrombaram a casa e encontraram o corpo de Marcela jogado, sem roupa, em meio a muito sangue, e a casa revirada. Vizinhos do mesmo imóvel e dos próximos disseram não ter ouvido nada. O perito Tadeu Cruz foi ao local ontem no final da tarde para nova perícia.
Do imóvel só foi levado o celular e dinheiro de Marcela, que apresentava muitas marcas de golpes de faca nos braços e mãos. O fato de não ter havido arrombamento é um dos motivos para que a hipótese de feminicídio não seja afastada. Um suspeito foi conduzido à delegacia, prestou depoimento e foi liberado. Outro suspeito informou que se apresentaria com advogado. A polícia tenta identificar e um terceiro suspeito.
Violência que persegue as mulheres
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Familiares aguardavam a liberação da casa para tentar localizar um documento original para garantir o sepultamento do corpo, previsto para as 16h de hoje, no Cemitério de Guadalupe, em Olinda. Evangélica da Igreja Batista, auxiliar de ensino, Marcela sempre saía de casa por volta das 6h, o que não ocorreu na manhã de ontem.
As últimas pessoas da família a verem Marcela com vida foram as irmãs que a deixaram em casa às 20h da segunda-feira, Joyce Gomes de Souza Leite, 29, Valéria Gomes, 30, e Taíza Gomes, 28. Elas voltavam de uma festa.
Marcela morava no primeiro andar de uma casa conjugada junto com a filha adolescente de 13 anos, que no dia anterior havia ido para a casa dos avós paternos. As portas foram arrombadas quando a mãe, Sônia Conceição Gomes, 51, foi chamá-la, achando que a filha havia se atrasado para o trabalho.
Desconfiada por encontrar abertas as janelas da porta que Marcela sempre mantinha fechadas, ao ver sangue, Sônia se desesperou. Chamou parentes e vizinhos que arrombaram a casa e encontraram o corpo de Marcela jogado, sem roupa, em meio a muito sangue, e a casa revirada. Vizinhos do mesmo imóvel e dos próximos disseram não ter ouvido nada. O perito Tadeu Cruz foi ao local ontem no final da tarde para nova perícia.
Do imóvel só foi levado o celular e dinheiro de Marcela, que apresentava muitas marcas de golpes de faca nos braços e mãos. O fato de não ter havido arrombamento é um dos motivos para que a hipótese de feminicídio não seja afastada. Um suspeito foi conduzido à delegacia, prestou depoimento e foi liberado. Outro suspeito informou que se apresentaria com advogado. A polícia tenta identificar e um terceiro suspeito.
Violência que persegue as mulheres
Aviolência contra a mulher em Pernambuco, incluindo as adolescentes, fez novas vítimas. Na manhã de ontem, uma mulher de 32 anos foi assassinada com cerca de 30 facadas dentro da própria casa, no bairro de Aguazinha, em Olinda. Familiares da vítima arrombaram a porta da residência e encontraram Marcela Gomes Leite despida e sem vida. Existe a suspeita de que ela tenha sofrido violência sexual. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde será periciado. À tarde, amigos da universitária Remís Carla Costa, 24, que foi morta pelo namorado Paulo César Oliveira Silva, 25, estiveram na Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, para denunciar negligência em relação à queixa de agressão prestada por Remís contra Paulo César no dia 23 de novembro.
Também ontem, a Polícia Civil de Pernambuco apresentou as investigações do caso do pai suspeito de abusar sexualmente de três filhas, no município de Limoeiro, no Agreste. A filha de 12 anos estava grávida de dois meses. A menina fez um aborto no Hospital da Mulher do Recife. O agricultor de 53 anos foi denunciado e está preso na Penitenciária Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro. Segundo a vítima mais nova, os crimes aconteciam quando a mãe dela, que é agricultora, saía para trabalhar. A mãe afirmou desconhecer os fatos, mas será interrogada hoje pela polícia. As filhas mais velhas são de um relacionamento do suspeito com outra mulher.
A delegada Maria Betânia Tavares revelou que o homem ofereceu R$ 150 mensais à filha de 22 anos para que ela convencesse a irmã mais nova a abortar. De acordo com a polícia, essa filha que hoje tem 22 anos saiu de casa aos 15 por não aguentar os episódios de violência sexual dos quais também era vítima. Ela foi violentada pelo genitor dos 8 aos 15 anos. Uma terceira filha, que hoje teria 24 anos, também afirmou ter sido molestada pelo pai. “As três filhas foram abusadas por ele. A menina de 12 anos fez o aborto no Recife e já voltou para casa”, disse a delegada.
Em Caruaru, uma adolescente de 13 anos foi estuprada dentro de casa. Segundo a polícia, o crime teria sido praticado por um parente da vítima, na madrugada da última segunda-feira, quando os demais familiares dormiram, após a festa de Natal. Após o estupro, a adolescente, que relatou não ter reagido à insistência do suspeito por medo, contou o fato à mãe, que chamou a polícia. Equipes do Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp) foram ao endereço e prenderam o suspeito, que foi levado à Delegacia de Caruaru, onde ele foi autuado por estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, o homem já havia sido preso duas vezes, uma por estupro e outra por atear fogo em uma viatura da Polícia Civil.
Também ontem, a Polícia Civil de Pernambuco apresentou as investigações do caso do pai suspeito de abusar sexualmente de três filhas, no município de Limoeiro, no Agreste. A filha de 12 anos estava grávida de dois meses. A menina fez um aborto no Hospital da Mulher do Recife. O agricultor de 53 anos foi denunciado e está preso na Penitenciária Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro. Segundo a vítima mais nova, os crimes aconteciam quando a mãe dela, que é agricultora, saía para trabalhar. A mãe afirmou desconhecer os fatos, mas será interrogada hoje pela polícia. As filhas mais velhas são de um relacionamento do suspeito com outra mulher.
A delegada Maria Betânia Tavares revelou que o homem ofereceu R$ 150 mensais à filha de 22 anos para que ela convencesse a irmã mais nova a abortar. De acordo com a polícia, essa filha que hoje tem 22 anos saiu de casa aos 15 por não aguentar os episódios de violência sexual dos quais também era vítima. Ela foi violentada pelo genitor dos 8 aos 15 anos. Uma terceira filha, que hoje teria 24 anos, também afirmou ter sido molestada pelo pai. “As três filhas foram abusadas por ele. A menina de 12 anos fez o aborto no Recife e já voltou para casa”, disse a delegada.
Em Caruaru, uma adolescente de 13 anos foi estuprada dentro de casa. Segundo a polícia, o crime teria sido praticado por um parente da vítima, na madrugada da última segunda-feira, quando os demais familiares dormiram, após a festa de Natal. Após o estupro, a adolescente, que relatou não ter reagido à insistência do suspeito por medo, contou o fato à mãe, que chamou a polícia. Equipes do Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp) foram ao endereço e prenderam o suspeito, que foi levado à Delegacia de Caruaru, onde ele foi autuado por estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, o homem já havia sido preso duas vezes, uma por estupro e outra por atear fogo em uma viatura da Polícia Civil.
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