Publicado em: 23/11/2017 13:17 Atualizado em: 23/11/2017 14:48
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Entrou em vigor nesta quarta-feira, no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, uma lei municipal que proibe a realização de atividades pedagógicas que visem a reprodução do conceito de ideologia de gênero, tanto na rede municipal pública de ensino quanto na rede privada.
De acordo com o texto da lei, com a medida, fica proibido constar na grade curricular das redes municipal do ensino público e da rede privada a disciplina denominada "ideologia de gênero", ou "toda e qualquer disciplina que tente orientar a sexualidade dos alunos ou que tente extinguir o gênero masculino ou feminino".
Resistência - Organização feminista fundada em 1984 e filiada a Associação Brasileira das ONGs (ABONG), o Centro das Mulheres do Cabo foi surpreendido pela notícia da lei e, esta tarde, durante o encontro de mulheres dentro da campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim à violência contra a mulher, vai colocar o assunto em discussão com organizações comunitárias, representantes da Secretaria da Mulher e da Delegacia da Mulher para se posicionar a respeito:
"Vai ser uma das pautas de discussão. Estamos na luta de enfrentamento a essa onda fundamentalista que tem tentado criminalizar a autonomia das pessoas de decidirem sobre sua vida, as mulheres, o segmento LGBT. Criou-se essa onda e essas pessoas sentem-se com autoridade de proibir a discussão dos direitos sexuais e reprodutivos nas escolas. Isso é uma absurdo que vai de encontro ao que vem sendo construido em direitos humanos. Vamos cobrar um posicionamento da Secretaria Muninicipal de Educação. Na Conferência de Educação, foi discutido o Plano de Educação e essas discussões foram validadas pela conferência. O legislativo traz a decisão sem discutir com ninguém. A gente vai se posicionar", adiantou Nivete Azevedo, coordenadora do Centro das Mulheres do Cabo.
