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Tragédia Chefe da Polícia Civil se pronuncia sobre crimes registrados em condomínio em Serrambi

Publicado em: 13/10/2017 07:37 Atualizado em: 13/10/2017 10:35

Paula teria acabado o relacionamento, o que gerou revolta do ex-companheiro. Foto: Reprodução/Facebook
Paula teria acabado o relacionamento, o que gerou revolta do ex-companheiro. Foto: Reprodução/Facebook

O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle, se pronuncia, na manhã desta sexta-feira, sobre os crimes registrados na noite de ontem em um imóvel do Condomínio Enseadinha, em Serrambi, praia de Ipojuca, litoral Sul de Pernambuco. A entrevista coletiva será concedida na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. No início da manhã, a delegada Carmem Lúcia Andrade, que esteve no local do crime, não quis dar detalhes sobre a investigação.


A polícia trabalha com a principal hipótese de que os crimes teriam sido cometidos pelo fotógrafo Paulo Robert, de 30 anos, morador de Nossa Senhora do Ó. Sem aceitar o fim do relacionamento, ele teria assassinado a ex-namorada Paula Régis, de 20 anos, com dois tiros na cabeça e em seguida o pai da jovem, o médico Ênio Régis, de 58 anos, com um tiro no pescoço. A mãe de Paula, Suzana Régis, também baleada no pescoço por um tiro de raspão, mas sobreviveu e está internada no Hospital Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, onde permanece internada com quadro considerado estável. A polícia também apura a possibilidade da revolta do assassino ter sido motivado pelo fato dos pais de Paula não aceitarem o relacionamento do casal.

Após os assassinatos, o fotógrafo teria se suicidado com um tiro na cabeça. Os corpos foram encontrados na cozinha da casa. De acordo com a perícia realizada ontem pelo Instituto de Criminalística (IC), o local do crime não tinha sinais de luta corporal e a arma, um revólver calibre 38, teria sido retirada das mãos do suspeito pela sobrevivente, e sido deixado dentro de um vaso de plantas.

O crime aconteceu por volta das 20h. Testemunhas contaram que Paulo estava em uma festa com a família, quando teria saído discretamente, levando a arma do pai, um policial militar reformado. A equipe do DHPP chegou ao local por volta das 22h30, junto com o Instituto de Criminalística (IC), realizando as primeiras investigações e coleta de provas. 

Paula Régis já atuou em movimentos de proteção à natureza, principalmente contra a derrubada de coqueiros nas praias Serrambi e Porto de Galinhas, em Ipojuca. Nas redes sociais das vítimas, amigos se despedem e lamentam o ocorrido. "Minha amiga, você se foi sem dizer adeus. Mas iremos nos lembrar do seu jeito alegre, meigo e carinhoso. Só nos resta oramos, para que Deus console os corações dos familiares e amigos", disse um amigo no perfil de Paula, na rede social Facebook.


 


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