Camaragibe Homem é autuado por estupro após ejacular em passageira de ônibus

Publicado em: 06/09/2017 09:16 Atualizado em: 06/09/2017 10:07

Um vendedor ambulante de chicletes de 23 anos foi preso e autuado por estupro após ejacular em uma passageira de ônibus. O crime aconteceu nesta terça-feira dentro do coletivo, quando o veículo chegava à Integração de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. A operadora de crédito de 27 anos e grávida de quatro meses contou que, depois de oferecer o produto, o suspeito encostou o pênis nela. A passageira começou a gritar, enquanto o vendedor negava o crime, dizendo que ela estaria louca.

A vítima acionou os vigilantes do terminal, que detiveram o suspeito e o encaminharam à delegacia. Autuado por estupro, ele segue para audiência de custódia nesta quarta-feira. O delegado Ricardo Cysneiros fala sobre o caso no final da manhã desta quarta-feira na Chefia de Polícia, no Recife.

Outro caso - Em março deste ano, um sargento aposentado da Polícia Militar de 52 anos foi detido por suspeita de ter ejaculado no pé de uma passageira que estava em um ônibus da linha Circular/Conde da Boa Vista. O fato aconteceu no Terminal Integrado do Cais de Santa Rita, no bairro de São José, área central do Recife. A denúncia foi feita por uma autônoma de 24 anos.

O caso, que ocorreu às 15h50, foi registrado às 17h57 na Central de Plantões da Capital, em Campo Grande. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima, suspeito e uma testemunha foram até o posto policial onde a queixa foi registrada. O suspeito assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por importunção ofensiva ao pudor e foi liberado. O caso foi registrado pelo delegado de plantão Albérico Pires Ferreira.

Em São Paulo -
Na manhã do sábado passado, um homem solto na quarta-feira anterior, após ser detido por ejacular em uma jovem no ônibus, na cidade de São Paulo, foi preso novamente pelo mesmo crime. Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, atacou outra mulher, dessa vez em um ônibus que passava pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região do Jardim Paulista. Pela segunda vez em menos de uma semana, ele foi impedido por passageiros de sair do ônibus, e encaminhado ao 78º DP, segundo a Polícia Militar. Novais soma 16 passagens semelhantes na polícia, registradas nos últimos oito anos. O seu modus operandi é o mesmo: dentro do ônibus, ele se aproxima da vítima, mostra o pênis e, eventualmente, passa o órgão nela ou ejacula.

No penúltimo ataque, Novais foi libertado no dia seguinte, em audiência de custódia. Para o juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto, não havia elementos para enquadrá-lo no crime de estupro. Amaral entendeu não ter havido violência na ocorrência, posição que contou com a concordância do promotor Márcio Takeshi Nakada. A decisão foi seguida por críticas.  O próprio pai de Novais defendeu que o filho fosse preso, após a liberação da Justiça.

No dia 1º de setembro, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público de São Paulo defenderam publicamente mudanças na legislação do crime de estupro, após repercussão negativa da libertação de Novais.O TJ-SP falou em propostas para punir de forma mais severa a importunação ofensiva ao pudor, enquanto o MP-SP disse que o ideal seria a criação de um crime intermediário entre a importunação e o estupro. O presidente da Corte, Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, e a Procuradoria-Geral de Justiça saíram em defesa do juiz e do promotor que atuaram no caso. Mascaretti disse que a Corte realizará encontros para iniciar o debate com a sociedade civil e instituições públicas “em prol de mudança legislativa que atenda aos desafios do mundo contemporâneo”.   



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