MOBILIDADE Metroviários decidem paralisar as atividades nesta sexta Superintendência que administra Metrorec e VLT realiza reunião na manhã desta quarta-feira para definir posicionamento sobre operação

Por: Osnaldo Moraes

Publicado em: 27/06/2017 21:32 Atualizado em:

Numa assembleia realizada no começo da noite desta terça-feira, na Estação Recife, os trabalhadores da Superintendência de Trens Urbanos do Recife da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (STU-Recife), que administra o Metrô do Recife (Metrorec) e a Linha Sul (VLT), decidiram parar das 23 horas da próxima quinta-feira até as 5 horas do sábado. A greve não é motivada pela Campanha Salarial, mas em protesto contra as reformas trabalhista e da previdência, entendidas como agressões aos direitos da classe trabalhadora. Às 20h36, a STU-Recife informou que se reúne na manhã desta quarta-feira para definir o posicionamento da empresa, que diz transportar uma média de 400 mil pessoas/dia.

Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos do Estado de Pernambuco (Sindmetro-PE), Levi Arruda, mesmo não tendo um foco na questão salarial, entregue em dissídio coletivo ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), a assembleia teve grande adesão. “A indignação é muito grande com todas as propostas de supressão de direitos”, disse. Ainda segundo o diretor, a assembleia começou às 18 horas e durou cerca de uma hora e meia.

O efetivo da STU-Recife é de cerca de 2 mil profissionais e Levi Arruda destaca que a insatisfação com os problemas enfrentados na empresa são agravados com as perspectivas negativas das propostas contidas nos projetos de reforma trabalhista e da previdência. Mesmo assim, destaca, a decisão da assembleia foi bem objetiva quanto ao foco da resistência às propostas de retiradas de direitos e precarização do emprego.

“Não se trata de greve por salários”, salientou o diretor de comunicação do Sindmetro-PE, acrescentando que a categoria está tranquila e mobilizada aguardando a marcação da primeira audiência do dissídio coletivo da Campanha Salarial. “Ficaram de marcar a data até o dia 30, e a categoria está aguardando”, disse.

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