Gentileza
Garçom de trânsito conquista clientela em Prazeres
Por: Eduarda Bagesteiro
Publicado em: 14/06/2017 07:47 Atualizado em:
É no cruzamento da Avenida Almirante Dias Fernandes com a Rua Emiliano Ribeiro, em Prazeres, Jaboatão, que Aílton Manuel da Silva, 43 anos, surpreende motoristas e pedestres com a função de “garçom de trânsito”. Vende água, refrigerante, pipoca, com elegância sem igual. Não é certo se o que chama mais atenção é a sua roupa social, com gravata borboleta, ou a diversidade de produtos oferecidos na bandeja prateada. Os clientes saem com uma certeza: a gentileza de Aílton é de parar o trânsito.
Após perder o emprego como lixador naval, Aílton precisava arrumar dinheiro para sustentar esposa e três filhos. Em janeiro de 2015, dois anos desempregado, parou de esperar e resolveu começar a vender água nos sinais perto de sua casa, em Prazeres.
Percebeu que o preconceito era grande com os ambulantes, mas não maior que a sua força de vontade. Quando ele usava regata, bermuda e chinelo, a maioria dos motoristas se recusava a abrir a janela do carro. Foi então que Aílton resolveu inovar. De camisa, calça e sapato sociais, ficou conhecido na região. Após procurar, sem sucesso, uma gravata borboleta, comprou tecido e a confeccionou. Hoje, seu uniforme conta também com chapéu para se proteger do Sol.
A rotina começa às 5h e termina às 17h30. “Levo as bebidas em um isopor, organizo minha bandeja e começo a abordar os motoristas a partir das 7h. Paro para almoçar quando dá tempo”, conta Aílton, que tem como meta diária vender 60 garrafas d’água, a R$ 1,50, além dos demais produtos.
Alguns outros comerciantes já tentaram pegar carona no sucesso de Aílton, que acabou gerando certo desconforto. Genilson Luiz, 28 anos, dono de um restaurante self-service na Emiliano Ribeiro, conta que algumas vezes presenciou discussões entre pessoas que ficavam reclamando que Aílton estava “monopolizando” o território de vendas. “Nunca chegou a ser nada físico mas, já tivemos que chamar atenção de outro comerciante, dizendo que a educação que seu Aílton tem foi o que conquistou o pessoal da região”, explica Genilson.
“Eu tenho o sonho de não precisar mais passar o dia inteiro nesse Sol para poder sustentar minha família. Vou voltar ao mercado de trabalho e conseguir dar as melhores condições para meus filhos”, diz Aílton quando perguntamos sobre o futuro.
Sua esposa faz faculdade de administração e o dinheiro para pagar o curso vem das vendas nos sinais. Ele conta que pretende seguir os passos da amada para que, no futuro, possam ter uma loja e administrar o próprio negócio, ali mesmo em Prazeres.
A ambição não faz Aílton esquecer das suas raízes nem das pessoas que precisam de ajuda. Mensalmente doa alimentos, produtos de higiene pessoal e até colchões para a instituição Jesus de Nazaré, voltada para idosos, localizada em Cruz de Rebouças, bairro onde cresceu, no município de Igarassu.
Após perder o emprego como lixador naval, Aílton precisava arrumar dinheiro para sustentar esposa e três filhos. Em janeiro de 2015, dois anos desempregado, parou de esperar e resolveu começar a vender água nos sinais perto de sua casa, em Prazeres.
Percebeu que o preconceito era grande com os ambulantes, mas não maior que a sua força de vontade. Quando ele usava regata, bermuda e chinelo, a maioria dos motoristas se recusava a abrir a janela do carro. Foi então que Aílton resolveu inovar. De camisa, calça e sapato sociais, ficou conhecido na região. Após procurar, sem sucesso, uma gravata borboleta, comprou tecido e a confeccionou. Hoje, seu uniforme conta também com chapéu para se proteger do Sol.
A rotina começa às 5h e termina às 17h30. “Levo as bebidas em um isopor, organizo minha bandeja e começo a abordar os motoristas a partir das 7h. Paro para almoçar quando dá tempo”, conta Aílton, que tem como meta diária vender 60 garrafas d’água, a R$ 1,50, além dos demais produtos.
Alguns outros comerciantes já tentaram pegar carona no sucesso de Aílton, que acabou gerando certo desconforto. Genilson Luiz, 28 anos, dono de um restaurante self-service na Emiliano Ribeiro, conta que algumas vezes presenciou discussões entre pessoas que ficavam reclamando que Aílton estava “monopolizando” o território de vendas. “Nunca chegou a ser nada físico mas, já tivemos que chamar atenção de outro comerciante, dizendo que a educação que seu Aílton tem foi o que conquistou o pessoal da região”, explica Genilson.
“Eu tenho o sonho de não precisar mais passar o dia inteiro nesse Sol para poder sustentar minha família. Vou voltar ao mercado de trabalho e conseguir dar as melhores condições para meus filhos”, diz Aílton quando perguntamos sobre o futuro.
Sua esposa faz faculdade de administração e o dinheiro para pagar o curso vem das vendas nos sinais. Ele conta que pretende seguir os passos da amada para que, no futuro, possam ter uma loja e administrar o próprio negócio, ali mesmo em Prazeres.
A ambição não faz Aílton esquecer das suas raízes nem das pessoas que precisam de ajuda. Mensalmente doa alimentos, produtos de higiene pessoal e até colchões para a instituição Jesus de Nazaré, voltada para idosos, localizada em Cruz de Rebouças, bairro onde cresceu, no município de Igarassu.
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