GOIANA Ex-funcionário da Fiat é preso com peças furtadas para revenda a baixo custo no Mercado Livre Material apreendido está avaliado em R$ 148 mil

Publicado em: 25/05/2017 20:10 Atualizado em: 25/05/2017 21:14

Um ex-funcionário da Fiat foi preso, na tarde desta quinta-feira, revendendo peças de alto custo que teriam sido furtadas da fábrica de Goiana, na Mata Norte. Através do site Mercado Livre, Davi José de Sena, de 28 anos, oferecia kits de Renegade e Toro muito abaixo do valor de mercado. Ele foi preso, por volta das 15h30, em uma emboscada da Polícia Militar em Abreu e Lima. Ao ser interrogado, apontou um segundo suspeito identificado apenas como Jeferson, que ainda trabalha no polo. Somente o material apreendido nesta quinta está avaliado em R$ 148 mil. O caso será investigado pela Delegacia do Paulista.

"Nós estávamos monitorando e marcamos um encontro com ele nesta tarde. Apreendemos muitos produtos furtados", detalhou o coronel Marcos Aurélio Ramalho de Souza, comandante do 17º BPM. Davi José foi preso em flagrante com oito kits de chaves de ignição do Renegade e dois kits do Fiat Toro, cada kit custa R$ 14,4 mil e estava sendo revendido por R$ 700; dois conjuntos de câmera de ré do Fiat Toro, cada um custa R$ 1,2 mil e estava sendo vendido por cerca de R$ 300; e quatros conjuntos de parafuso de roda antifurto, que podem ser utilizados em vários veículos, custam R$ 400 cada e estavam sendo vendidos por cerca de R$ 75.


Parte do material foi encontrado na casa do homem, também em Abreu e Lima. O suspeito trabalhou na empresa há um ano. "Ele não reagiu e assumiu. Chegou a dizer que tinha um contato lá dentro, o Jeferson. Além do prejuízo monetário dos kits, a Fiat ainda vai ter que reavaliar todos os veículos para evitar que as peças circulem sem controle, mas os compradores ainda não foram identificados", continuou o comandante.

O ex-funcionários deverá responder por receptação qualificada e os compradores também podem ser indiciados pelo crime, no entanto, o delegado Carlos Guimarães, responsável pelo caso, ainda não ouviu o suspeito. "Eu preciso que a Fiat traga um documento comprovando que as peças foram furtadas. A relação de todo esse material vai provar que essas peças, de fato, são da fábrica e só assim ele poderá ser autuado por receptação", explicou o investigador. A receptação qualificada não tem direito à fiança e tem pena de cinco anos.

O advogado do suspeito, Ivanildo Melo, não quis conversar com a imprensa.

Com informações do repórter Osnaldo Moraes



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