Por: Jailson da Paz
Publicado em: 30/05/2017 07:47 Atualizado em:
Do tempo não se pode reclamar. Passaram-se quase sete anos das enchentes de 2010 e seis anos das chuvas de 2011. E a experiência, por ser boa conselheira, mostrou o caminho a seguir. Na época, Pernambuco anotou as lições das tragédias que resultaram em dezenas de mortes e feridos. Planejou o cinturão de barragens para evitar enchentes na Mata Sul, contudo esbarrou na execução. Sem quatro dos cinco reservatórios planejados construídos, os governos municipais, estadual e federal sabiam que a realidade hoje vivida em cidades como Palmares, Belém de Maria e Barreiros era possível. Agora é fato consumado. Tivemos perdas humanas menores do que nas tragédias recentes. Sem dúvida, graças ao aprendizado na área de Defesa Civil e da retirada de moradias das margens dos rios. Mas, com a natureza sujeita cada vez mais a eventos climáticos extremos, foi insuficiente e continuará sendo. O que não pode é continuarmos na cantilena da crise econômica para justificar o que exige prioridade zero, pois coloca vidas em risco.
Longe do Capibaribe
As chuvas que atingem o Agreste passaram longe da Bacia do Rio Capibaribe. E um dos resultados é o vazio da Barragem de Jucazinho, em Surubim. O reservatório, com capacidade de 327 milhões de metros cúbicos, continua em colapso.
Enxurrada de garrafa
Além do volume de água, o de garrafas plásticas acumuladas ontem em pontos dos rios Una, em Barreiros, e Ipojuca, em Escada, era uma questão que preocupava moradores e autoridades. São provas da fragilidade da ação ambiental.
Garagem no túnel
Nome perfeito, o dado à parte superior do Túnel Augusto Lucena, em Boa Viagem: garagem de luxo. Um carro popular estaciona há dias sobre a laje. A garagem seria perfeita, conforme observadores, se tivesse um telhado.
Negócio interditado
Por questões de segurança e de documentação, mais de um estabelecimento comercial vem sendo interditado, por mês, no Recife. A Dircon contabiliza 60 interdições, a exemplo de bares e casas de festas, de 2013 até ontem.
Deixado no canteiro
O canteiro central da Rua Professor Othon Paraíso, no Torreão, é um depósito, ironizam frequentadores. Depósito de troncos de eucalipto, árvore predominante no canteiro. Alguns pedaços, mesmo cortados, estão no canteiro há semanas.
Lugar de descanso
É famoso um pedaço de tronco de eucalipto em frente à Escola Municipal Compositor Capiba, bairro do Torreão. Cansados ou esperando colegas de classe, alunos da escola fazem do tronco uma espécie de banco de praça.
Improvisou o leito
Desde sábado, o assunto que predomina nos corredores da Maternidade Barros Lima, em Casa Amarela, é o caso da grávida que levou um colchão de casa para a unidade. Ela estaria no corredor porque por não haver vaga nas enfermarias.
Esperando reparo
A autoclave virou objeto de desejo dos profissionais da saúde da Maternidade Barros Lima, em Casa Amarela. Eles reclamam que o aparelho, empregado na esterilização de materiais, está quebrado há mais de um mês.
Leitura e reflexão
As mudas plantadas na Praça Joaquim Nabuco, em Santo Antônio, ganharam companhias que atraem curiosos. São placas exaltando a natureza. Como as letras são miúdas, pedestres se aproximam ao máximo para ler as mensagens.