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Comerciante que matou fisioterapeuta será encaminhado ao Cotel

Suspeito foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e feminicídio. Em audiência de custódia, juíza determinou que prisão seja mantida

Publicado: 06/04/2017 às 17:13

Suspeito é vendedor e tem uma loja de cosméticos em Brasília Teimosa. Foto: Polícia Civil/Divulgação (E) e Facebook/Reprodução (D)/Suspeito é vendedor e tem uma loja de cosméticos em Brasília Teimosa. Foto: Polícia Civil/Divulgação (E) e Facebook/Reprodução (D)

Suspeito é vendedor e tem uma loja de cosméticos em Brasília Teimosa. Foto: Polícia Civil/Divulgação (E) e Facebook/Reprodução (D)/Suspeito é vendedor e tem uma loja de cosméticos em Brasília Teimosa. Foto: Polícia Civil/Divulgação (E) e Facebook/Reprodução (D)

Edvan Luiz foi detido ainda na quarta-feira, no apartamento em que morava, em frente ao apartamento da vítima. Foto: Marlon Diego/Esp. DP
O comerciante Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e será encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na tarde desta quinta-feira. Após a prisão em flagrante pela Polícia Civil, o suspeito foi encaminhado para uma audiência de custódia no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra. A sessão foi presidida pela juíza Blanche Maymone Pontes Matos, que decidiu pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. Para a polícia, existe a possibilidade do comerciante ter cometido outros crimes. A imagem dele foi divulgada para que possíveis vítimas se pronunciem.

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Procurados pela equipe de reportagem, os advogados do suspeito adiantaram que não vão se pronunciar até terem concluído a tese de defesa. Por sua vez, o próprio Edvan Luiz não quis conversar com a imprensa.

Durante a audiência de custódia, nas escadarias do Fórum, familiares, amigos e movimentos sociais se reuniram para exigir que o suspeito permaneça na cadeia. Os manifestantes estavam com cartazes com a inscrição #SomosTodosMirella e gritavam palavras de ordem clamando por "Justiça" e adiantando que "machistas não passarão". O ato foi articulado pelas redes sociais após a captura do suspeito no apartamento em que morava, exatamente na frente do apartamento da vítima, no 12º andar do edifício Golden Shopping Home Service, em Boa Viagem, na Zona Sul.

O vendedor foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por não ter dado chance de defesa à vítima. Segundo a polícia, ele também pode ter abusado sexualmente de Tássia Mirella. Ela foi encontrada sem roupas na sala da casa e com fios de cabelo do suspeito nas mãos. As amostras de pele coletadas debaixo das unhas dela coincidiram com o DNA do suspeito. Além disso, também foi encontrado sangue da vítima no apartamento dele (no banheiro e na porta) e em duas camisetas. No início da tarde, a polícia anunciou que o exame de confronto entre pegadas encontradas no apartamento da vítima e a análise da planta de pé (podoscopia) do comerciante já havia confirmado a presença dele no apartamento. A arma utilizada no crime, no entanto, permanece desaparecida. De acordo com os investigadores, o suspeito a teria arremassado pela janela após matar a vizinha pois fez o mesmo com uma camiseta. Acredita-se que a faca tenha caído no telhado de alguma casa próxima.

Suspeito é vendedor e tem uma loja de cosméticos em Brasília Teimosa. Foto: Polícia Civil/Divulgação (E) e Facebook/Reprodução (D)

O caso

A fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo foi encontrada morta, na manhã da quarta-feira, sem roupa, no flat em que morava, no 12º andar do edifício Golden Shopping Home Service, na Rua Ribeiro de Brito, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Vizinhos disseram que, por volta das 7h, ouviram gritos e acionaram o funcionário do prédio, que chamou a polícia. O corpo da vítima foi encontrado na sala do imóvel sem roupas e com ferimento à faca no pescoço, além de cortes nas mãos. O apartamento estava todo revirado, mas não havia sinais de arrombamento na porta. Mirella, que é de Vitória de Santo Antão, formou-se em fisioterapia pela Unicap e trabalhava como vendedora produtos hospitalares.

Ordem dos Advogados do Brasil
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pernambuco está acompanhando o caso e já se colocou à disposição da família da vítima. "O combate à violência contra a mulher é umas das principais pautas da Comissão", informou a OAB através de nota. A equipe esteve presente no velório da jovem, no bairro de Santo Amaro.
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