Paralisação #BrasilEmGreve: Metrô é a única opção de transporte público na volta para casa nesta sexta-feira Serviço funcionará até as 20h, com quantidade de trens reduzida em função do baixo movimento. Ruas e paradas de ônibus estavam vazias no fim da tarde desta sexta-feira.

Publicado em: 28/04/2017 19:28 Atualizado em: 28/04/2017 20:04

Crédito: Gabriel Melo/Esp. DP (Crédito: Gabriel Melo/Esp. DP)
Crédito: Gabriel Melo/Esp. DP

Ruas quase desertas e paradas de ônibus vazias, na noite desta sexta-feira (28), no Recife. Em dia de greve geral, o comércio que abriu as portas no centro da cidade decidiu fechar mais cedo que o horário habitual. Quem precisou sair de casa para trabalhar, buscou alternativas para voltar ao fim do expediente, sem depender dos coletivos. Um delas, o metrô, reiniciou as operações às 16h e segue até as 20h funcionando.

No início da tarde, houve aglomeração à espera da abertura das portas do metrô. O gerente operacional da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Murilo Esteves, afirmou que a linha centro, que costuma operar com 12 trens, hoje colocou em funcionamento apenas cinco. “Cerca de 70% da nossa demanda vem do Sistema Estrutural Integrado (SEI) e como os ônibus não rodaram o movimento foi bem tranquilo”, explicou. Os metroviários aderiram ao movimento e quem operou os veículos foram supervisores, instrutores, coordenadores e fiscais de maquinista. “São todos treinados para esse tipo de serviço, habilitados para operar o metrô”, garantiu Esteves.

A vendedora Maria Augusta Silva, 47 anos, trabalha em um comércio do Centro. A loja não abriu hoje, mas os funcionários foram chamados para organizar o estoque. “Demorei umas duas horas para chegar ao trabalho hoje, tive que ir para a estação de Camaragibe. Mas acho que a greve foi por uma boa causa. Estão mudando muitas coisas. O Brasil tem que lutar para melhorar. O trabalhador vai ficar sem saída”, opinou. O web designer Ronaldson Oliveira, 32, precisou pegar uma carona até a estação. “Pela manhã, tive que pegar um Uber. Dividi com um desconhecido. Mas também apoio o movimento, por mim parava tudo.”

Nas paradas de ônibus, estavam apenas pessoas esperando vans e ônibus fretados pelas empresas. O auxiliar de cozinha Hyago Werner, 24, esperava com outros três colegas, nas imediações do Derby, para seguir para Olinda. “As pessoas têm que lutar para que seus direitos não sejam retirados”, afirmou. Segundo ele, apenas uma pessoa chegou à parada de ônibus sem informação da falta de ônibus, uma turista estrangeira.

A copeira Severina Gomes, 44, conseguiu pegar um coletivo do transporte complementar para chegar ao Derby. “Saí mais cedo de casa, com medo da dificuldade. Agora estou aqui, esperando mais tempo que o normal. Apesar disso, concordo com a greve”, contou ela, que, junto com as colegas de trabalho, está passando por um processo de terceirização.

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