Movimento Greve dos profissionais de TI começa hoje Paralisação seguirá por tempo indeterminado

Publicado em: 23/01/2017 07:42 Atualizado em: 23/01/2017 10:22

O impacto da greve poderá afetar toda rede de TI do estado. Foto: Cortesia
O impacto da greve poderá afetar toda rede de TI do estado. Foto: Cortesia

Profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) entram em greve a partir de hoje. A decisão foi tomada em assembleia realizada na última terça-feira, na Avenida Rio Branco, ao lado do prédio do Banco do Brasil, próximo da sede do Porto Digital, onde atuam cerca de 5 mil dos 15 mil que integram a categoria em Pernambuco, afora empresas privadas e área pública. Segundo a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Informática, Processamento de Dados e Tecnologia da Informação de Pernambuco (Sindpd-PE), Sheyla Lima, o impacto da greve poderá afetar toda rede de TI do estado.

A campanha salarial começou em agosto, um mês antes da data base da categoria (setembro), quando a representação patronal tentou impor acordo sem reajuste salarial e com a retirada de direitos, o que foi descartado. Sheyla Lima explica que, com mobilização, a categoria conseguiu avançar para uma proposta próxima da manutenção de conquistas e reposição da inflação, de 8,57%.

Mas a bancada patronal que parcelar a aplicação do reajuste em três vezes (3% em neste mês, 3% em março e 2,57% em maio), sem pagamento de retroativo que seria substituído por um abono de 12% também dividido em três parcelas para os meses de fevereiro, abril e junho. Além disso, a representação patronal se nega a reajustar o valor do tíquete-refeição e não aceitar aplicar mais que 5% nas demais cláusulas econômicas (auxilio saúde, creche, auxilio lente, etc.).

Com a reposição da inflação em todas as cláusulas de fundamentação econômica, a categoria aceita o reajuste de 5% nos tíquetes, mas não abre mão da retroatividade, mesmo que paga em até três parcelas. “A demora do fechamento de acordo não é culpa do trabalhador nem do sindicato, eles poderiam ter encerrado essa campanha há muito tempo. Não é justo querer que o trabalhador pague a conta”, diz Sheyla Lima, acrescentando que empresas que integram o Porto Digital já fecharam acordo e estão pagando os direitos, a exemplo do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar).

Em Carta Aberta publicada na semana passada, o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados do Estado de Pernambuco (Seprope) diz que as negociações têm avançado em velocidade menor do que a desejada por ambas as partes num panorama em que tanto o setor público como o setor privado enfrentam crise de liquidez e de adimplência, apontando para uma finalização muito breve. A situação era classificada como “de pacificação democrática de negociação sendo fechada”, desaconselhando “qualquer posição de radicalização”.


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