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Circuito da Poesia do Recife tem quatro novos homenageados

As esculturas de Ariano Suassuna, Alberto Cunha de Melo, Liêdo Maranhão e Celina de Holanda Cavalcanti somam-se às de outras 12 personalidade

Publicado: 06/01/2017 às 07:15

A estátua de Ariano Suassuna ficará na Rua da Aurora. Foto: Lu Streithorst/PCR/Divulgação/

A estátua de Ariano Suassuna ficará na Rua da Aurora. Foto: Lu Streithorst/PCR/Divulgação/

A estátua de Ariano Suassuna ficará na Rua da Aurora. Foto: Lu Streithorst/PCR/Divulgação
O Circuito da Poesia do Recife ganhou mais quatro homenageados, totalizando 16 esculturas nas ruas centrais da cidade. O projeto contava com 12 estátuas instaladas entre 2005 e 2007. Nesta nova fase, os homenageados são Ariano Suassuna, Alberto da Cunha Melo, Liêdo Maranhão e Celina de Holanda Cavalcanti. A iniciativa é uma parceria entre as secretarias de Cultura; Turismo, Esporte e Lazer; e Infraestrutura e Habitação. 

As esculturas foram criadas em tamanho real pelo artista plástico Demétrio Albuquerque, com investimento de R$ 120 mil. O lançamento ocorreu ontem, em frente à estátua do escritor Ariano Suassuna, na Rua da Aurora, e contou com a presença da filha do escritor, a secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna, além de João Suassuna, neto do homenageado. 

O escritor foi eternizado em escultura de concreto com 1,8 metro. A peça foi colocada às margens do Rio Capibaribe e voltada ao Teatro do Arraial. Ana Rita explica a importância do local escolhido. “Ariano inaugurou esse teatro quando foi secretário de Cultura e, depois de sua morte, o equipamento passou a se chamar Teatro Arraial Ariano Suassuna. Outra coisa interessante é que Ariano é muito mais conhecido como romancista e teatrólogo, mas não como poeta, e a poesia na obra dele é muito forte.”

O Parque 13 de Maio recebeu o monumento em homenagem ao poeta pernambucano Alberto da Cunha Melo. O escritor será representado por uma estátua de concreto na grama do parque, escrevendo sentado em um banco formado por livros e latas de filmes empilhados. A escultura tem 1,6 metro e foi instalada próxima à saída da Rua João Lira, em frente à Biblioteca Central, onde Alberto trabalhou no setor de Obras Raras.

A Praça Dom Vital, localizada em frente ao Mercado de São José, ganhará escultura em homenagem ao escritor, escultor, cineasta e fotógrafo recifense Liêdo Maranhão. Na peça, que tem 1,8  metro, Liêdo será representado no centro da praça, olhando para os transeuntes, como fazia costumeiramente.

A poeta e jornalista Celina de Holanda Cavalcanti de Albuquerque será homenageada com um monumento em concreto no passeio da Praça José Sales Filho, na Avenida Beira Rio, onde morou. A escultura de 1,6 metro representa Celina lendo um livro, sentada sobre uma pedra. Ao seu lado será esculpido um banco de pedra onde os visitantes poderão se sentar e contemplar o ambiente. 

“O Circuito da Poesia é fundamental, porque materializa nossa expressiva produção literária”, diz Ana Paula Vilaça, secretária de Turismo, Esportes e Lazer. O circuito já foi tema de vários roteiros turísticos gratuitos oferecidos pelo projeto Olha!Recife, além de constar no material de divulgação sobre a cidade. 

“Estamos muito felizes em ampliar o circuito porque podemos contribuir para perpetuar o legado dos nossos artistas. Esses monumentos são extremamente representativos para a nossa cultura popular e é fundamental que a população nos ajude a preservá-los. Temos atuado com fiscalização rotineira, mas, infelizmente, ainda observamos atos de depredação contra o patrimônio público”, destacou o secretário de Infraestrutura e Habitação e presidente da Emlurb, Roberto Gusmão. Para recuperar monumentos, pontes e edificações alvos de vandalismo, a prefeitura gasta R$ 2 milhões por ano.
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