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Educação
Projeto de monitoramento leva escola de Orobó ao topo do ranking estadual
Estudantes com maior facilidade em disciplinas como matemática, português, física e biologia se tornam orientadores dos que têm maior dificuldade
Publicado: 12/12/2016 às 08:45
Quando se depara com uma questão mais difícil de resolver, não é ao professor que Maria Joana da Silva, estudante de 14 anos da Escola de Referência em Ensino Médio Abílio de Souza Barbosa, recorre. As dúvidas que surgem após a aula ou ao fazer os exercícios são discutidas com o colega de classe Lucas Lins, 14. A interação entre os alunos acontece na unidade de ensino localizada em Orobó, Agreste do estado, graças ao projeto Aluno Monitor. Por meio dele, estudantes com maior facilidade em disciplinas como matemática, português, física e biologia se tornam orientadores dos que têm maior dificuldade.
É ao projeto de monitoria da escola que a gestão da Abílio de Souza atribui os bons resultados conquistados nos últimos anos. Em setembro, o governo do estado divulgou os nomes das escolas com os melhores desempenhos da rede. A escola de Orobó - que tem 58 anos de funcionamento e formou várias gerações de moradores da cidade - estava no topo da lista. Com a nota 7.98, a instituição ficou em primeiro entre as escolas de ensino médio e teve a maior nota geral do estado. “Um bom resultado nunca é fruto de ações a curto prazo. Para alcançarmos um desempenho como esse, foram anos de trabalho, e o projeto de monitoria mudou nossa realidade escolar”, pontuou a gestora da escola, Lúcia Duarte.
Hoje, as 13 turmas da escola contam com atividades de monitoria. Cerca de cinco alunos por sala são selecionados a partir do desempenho nas provas e pelo bom comportamento para serem monitores. “Temos a responsabilidade de acompanhar nossos colegas nas disciplinas que a turma tem mais dificuldade. Ao contrário do que se pensa, os monitores aprendem tanto quanto os outros alunos. Quando eles têm dúvidas e não sabemos responder, levamos ao professor”, contou o estudante José Lucas Lima, 16, monitor de química e biologia. “Fico mais à vontade de tirar dúvidas com os monitores do que com o professor. Nossa troca é muito boa. Todos aprendem”, disse Luana Silva, 16.
O professor de matemática Jozeildo Silva observou um salto no desempenho dos estudantes na disciplina que era vista como “bicho-papão” pelas turmas. “Os alunos não veem a monitoria como uma obrigação. Tornou-se algo muito natural para eles. Sozinho, o professor não consegue acompanhar de perto todos os alunos. Os monitores acabam sendo multiplicadores de conhecimento”, ressaltou.
De acordo com a professora do curso de pedagogia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Maria do Carmo Motta, a monitoria aluno-aluno é uma ferramenta pedagógica importante, mas ainda rara nas instituições de educação básica, para melhorar a aprendizagem. “A colaboração entre estudantes é muito importante porque o colega fala a linguagem dele, no nível dele. Os monitores conseguem apresentam situações e exemplos que são comuns e conhecidas por todos, uma vez que nem sempre o professor consegue contextualizar para o aluno da melhor forma”, destacou.
É ao projeto de monitoria da escola que a gestão da Abílio de Souza atribui os bons resultados conquistados nos últimos anos. Em setembro, o governo do estado divulgou os nomes das escolas com os melhores desempenhos da rede. A escola de Orobó - que tem 58 anos de funcionamento e formou várias gerações de moradores da cidade - estava no topo da lista. Com a nota 7.98, a instituição ficou em primeiro entre as escolas de ensino médio e teve a maior nota geral do estado. “Um bom resultado nunca é fruto de ações a curto prazo. Para alcançarmos um desempenho como esse, foram anos de trabalho, e o projeto de monitoria mudou nossa realidade escolar”, pontuou a gestora da escola, Lúcia Duarte.
Hoje, as 13 turmas da escola contam com atividades de monitoria. Cerca de cinco alunos por sala são selecionados a partir do desempenho nas provas e pelo bom comportamento para serem monitores. “Temos a responsabilidade de acompanhar nossos colegas nas disciplinas que a turma tem mais dificuldade. Ao contrário do que se pensa, os monitores aprendem tanto quanto os outros alunos. Quando eles têm dúvidas e não sabemos responder, levamos ao professor”, contou o estudante José Lucas Lima, 16, monitor de química e biologia. “Fico mais à vontade de tirar dúvidas com os monitores do que com o professor. Nossa troca é muito boa. Todos aprendem”, disse Luana Silva, 16.
O professor de matemática Jozeildo Silva observou um salto no desempenho dos estudantes na disciplina que era vista como “bicho-papão” pelas turmas. “Os alunos não veem a monitoria como uma obrigação. Tornou-se algo muito natural para eles. Sozinho, o professor não consegue acompanhar de perto todos os alunos. Os monitores acabam sendo multiplicadores de conhecimento”, ressaltou.
De acordo com a professora do curso de pedagogia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Maria do Carmo Motta, a monitoria aluno-aluno é uma ferramenta pedagógica importante, mas ainda rara nas instituições de educação básica, para melhorar a aprendizagem. “A colaboração entre estudantes é muito importante porque o colega fala a linguagem dele, no nível dele. Os monitores conseguem apresentam situações e exemplos que são comuns e conhecidas por todos, uma vez que nem sempre o professor consegue contextualizar para o aluno da melhor forma”, destacou.
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