Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 07/12/2016 14:03 Atualizado em: 07/12/2016 14:43
Uma informação que circula pedes redes sociais de que um mandado de prisão teria sido expedido contra o presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Albérisson Carlos, deixou a tropa ainda mais insatisfeita na manhã desta quarta-feira. Desde ontem, depois de entregar a pauta de reivindicações no Palácio do Campo das Princesas e sem ter a resposta que esperavam, policiais militares e bombeiros entraram em operação padrão até a sexta-feira, quando o estado deve dar uma resposta sobre as propostas, que envolvem reajuste salarial, esquema de pagamento e Plano de Cargos e Carreiras (PCC).
"Não estou sabendo se é verdade, só vou saber quando o pedido for executado. Mas vejo essa medida como um atentado à democracia. Somos trabalhadores e podemos demonstrar ordeiramente para a sociedade o que estamos passando, reivindicar melhores salários e condições de trabalho. O artigo 5º nos garante esse direito. Falo como cabo e como presidente de uma entidade. Temos o poder de representatividade", adiantou o presidente da ACS.
Apesar dos ânimos acirrados, segundo ele a categoria mantem o acertado em assembleia realizada ontem. "Vamos nos reunir na próxima sexta às 14h no Derby. Estamos mais formes que nunca e esperamos que o governo deixe de ser intransigente e comece a entender que o diálogo é o melhor caminho", acrescentou Albérisson.
Segundo a diretoria da associação, os cabos e soldados que estão se recusando a comparecer aos plantões extras (PJES) estariam sendo coagidos e tendo os nomes anotados pelos respectivos batalhões. Para dar apoio à categoria, sete equipes jurídicas da associação estão percorrendo os batalhões para verificar denúncias e orientar os PMs.
De acordo com a operação padrão, a categoria só trabalha se tiver à disposição equipamentos de segurança e apenas dentro dos limites da lei, o que não estaria acontecendo normalmente. Os agentes pedem reajuste salarial, Plano de Cargos e Carreiras e mudanças no pagamento e contratação da categoria.
Após se reunir na Praça do Derby, onde definiram os pontos da pauta de reivindicações, os policiais e bombeiros seguiram em passeata pela Avenida Conde da Boa Vista até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo.
Outra mudança pautada é na forma do pagamento do salário. A categoria pede que isso aconteça em forma de subsídio, e não mais de soldo, incorporando as gratificações. Eles afirmam que, desta forma, fica garantido o recebimento de tais gratificações, que hoje podem ser cortadas sem maiores justificativas pelo estado. Outro ponto que os policiais e bombeiros pedem é o requisito do nível superior para ingresso na carreira de praças. À noite, uma comissão formada por seis pessoas foi recebida no palácio do Governo. O documento foi recebido, mas não houve uma resposta efetiva.