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Vida Urbana
Operação Imhotep

Esquema de fraudes em Goiana e Petrolina descoberto pela polícia

A ação teve como alvos servidores comissionados da prefeitura, dois arquitetos, um engenheiro e ainda uma professora

Publicado: 28/12/2016 às 07:02

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na manhã de ontem a Operação Imhotep, que cumpriu mandados de prisão contra suspeitos de crimes contra a administração pública, lei de licitações e falsidade ideológica nas cidades de Goiana, na Mata Norte, e de Petrolina, no Sertão do estado. A ação teve como alvos servidores comissionados da prefeitura, dois arquitetos, um engenheiro e ainda uma professora. Foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. As investigações tiveram início há seis meses. Cerca de 40 agentes participaram da operação. Até o final da tarde de ontem, duas pessoas ainda eram consideradas foragidas.

Segundo a o delegado seccional de Goiana, Pablo de Carvalho, a secretária de Obras e Patrimônio Arquitetônico de Goiana, Marlize do Carmo Mainardis, é uma das suspeitas de envolvimento no esquema de fraude alvo. “A secretária de Obras tinha uma situação de fraude junto a várias consultorias,  arquitetos, engenheiros e outros laranjas”, destacou o delegado, que preferiu não antecipar detalhes do esquema. Uma coletiva de imprensa está prevista para hoje, onde serão detalhadas as funções dos suspeitos e o funcionamento do esquema. As investigações foram comandadas pelo delegado de Goiana, Thiago Uchôa.

Também de acordo com o delegado Pablo de Carvalho, dos cinco mandados de prisão preventiva emitidos pela Vara Criminal de Goiana, três foram cumpridos ontem pela manhã. O engenheiro civil Adjair Costa Leite Júnior, que teve o nome revelado pela polícia, e a secretária de Obras não haviam sido encontrados até o fechamento desta edição. A Polícia Civil divulgou os nomes dos suspeitos presos ontem. A arquiteta Maria Gabrielli Alves de Souza Mendes, o arquiteto Josielson Roque de Jesus, e a cunhada dele, a professora Maria do Socorro. A polícia estima um prejuízo de aproximadamente R$ 230 mil com os golpes aplicados pelos integrantes do grupo.

Em Goiana, a equipe policial cumpriu mandados no prédio da Secretaria de Obras, onde foram apreendidos documentos e mídias. “As equipes estavam acompanhadas de um auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para procurar quaisquer documentos que tenham relação com essa atividade criminosa. Essa parceria com o Tribunal de Contas otimiza a apreensão”, detalhou o delegado Pablo de Carvalho.

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