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Medo Sindicato denuncia mais duas suspeitas de meningite em presídios de Pernambuco Um dos presos morreu ontem e o outro permanece internado no Hospital Correia Picanço

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 01/11/2016 08:05 Atualizado em: 01/11/2016 09:03

Diego Antônio Rosário morreu no Hospital Correia Picanço, no Recife. Outro detento permanece internado com suspeita da doença. Foto: Anaclarice Almeida/ DP
Diego Antônio Rosário morreu no Hospital Correia Picanço, no Recife. Outro detento permanece internado com suspeita da doença. Foto: Anaclarice Almeida/ DP
O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp) denuncia mais dois casos de suspeita de meningite registrados em presídios de Pernambuco. Segundo a categoria, nesta segunda-feira, um dos presos morreu no Hospital Correia Picanço, bairro da Tamarineira, no Recife, onde estava internado há 20 dias com suspeita da doença. Diego Antônio Rosário cumpria pena no Centro de Observação e Triagem Professor Everado Luna (Cotel), em Abreu e Lima. O preso, de 23 anos, foi encaminhado incialmente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jardim Paulista, sendo transferido em seguida.

No domingo passado, o detento Luiz Ramos, da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, também teria sido internado no mesmo hospital com a mesma suspeita. A Secretaria Estadual de Ressocialização (Seres) ainda não se pronunciou sobre os casos.

Outros casos - No dia 28 de setembro, um princípio de rebelião foi registrado na Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, no Recife. O motim teria sido motivado para exigir providências diante de um provável surto de meningite na unidade prisional. O clima ficou tenso no local. Muitas mães aguardam, aflitas, em frente ao prédio, onde foi possível escutar o som de disparos de balas de borracha.

No dia 25 de setembro, uma detenta de 22 anos morreu por meningite meningocócica. Outra presa, de 21 anos, que está grávida, estaria internada no Hospital Correia Picanço com alto grau de contágio. A denúncia também foi feita pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco.

Na ocasião, o promotor de execuções penais, Marcellus Ugiette, visitou o local com a intenção de certificar se estariam sendo tomadas medidas sanitárias necessárias. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Pedro Eurico, negou a existência de um surto.

A primeira morte foi registrada após a detenta ter sido levada ao Hospital Correia Picanço. Nessa segunda, a outra detenta foi encaminhada ao Hospital Barão de Lucena e, em seguida, transferida para o Correia Picanço.

"Depois da denúncia feita, a Secretaria de Saúde entregou para a Secretaria de Ressocialização 150 comprimidos de dosagem única de Cipro, mas o infectologista disse que a profilaxia deveria ter começado no domingo e com rifampicina. O Cipro, segundo ele, não é o indicado", destacou João Carvalho na época.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que o caso é de responsabilidade da Saúde do Recife, que, por sua vez, adiantou que estava acompanhando os casos e que tanto as companheiras de cela quanto os trabalhadores tomaram o medicamento adequado. 

 



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