Mobilização Estudantes ocupam Escola de Referência Silva Jardim, no Monteiro Decisão foi tomada pelos alunos em assembleia realizada esta manhã. Mobilização é contra a PEC 55 e a Reforma no Ensino Médio

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 21/11/2016 15:04 Atualizado em: 21/11/2016 15:23

Estudantes ocupam Escola de Referência Silva Jardim, no Monteiro. Foto: Reprodução/ Facebook
Estudantes ocupam Escola de Referência Silva Jardim, no Monteiro. Foto: Reprodução/ Facebook
Estudantes da Escola de Referência Silva Jardim ocuparam, nesta segunda-feira o prédio da unidade de ensino, localizada na Praça do Monteiro, Zona Norte do Recife. A decisão foi tomada pelos alunos em assembleia realizada esta manhã. A mobilização é contra a PEC 55, que prevê a limitação de gastos com saúde, educação e assistência social por até 20 anos e contra a Reforma no Ensino Médio.

Em todo o estado há ocupações em prédios de 25 escolas de nível médio e institutos de referência, além de 15 universidades públicas. Na sexta-feira passada, alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Porto Digital também ocuparam a unidade de ensino, localizada no Bairro do Recife. A ocupação teve início durante a manhã, após as aulas serem suspensas para a realização de uma assembleia que decidiu pela ocupação do prédio.

Na quinta-feira, o Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora, Centro do Recife, também foi ocupado por alunos. Cerca de cem estudantes do Ensino Médio decidiram pela ocupação. Estudantes que já integram o movimento em outras ocupações foram ao local para dar apoio e orientações. Em nota, a Secretaria de Educação de Pernambuco informou que está mantendo diálogo com os integrantes do protesto “no sentido de que as aulas ocorram normalmente, para não prejudicar os demais estudantes”.

Pelo menos outras duas escolas da rede estadual também permanecem ocupadas no Recife: a Escola Estadual Martins Júnior, no bairro da Torre, e a EREM Cândido Duarte, em Apipucos. Na Martins Júnior, o ato conta com mais de 100 apoiadores, entre alunos e ex-alunos do ensino médio e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O protesto também tem o apoio de entidades estudantis, movimentos sociais e advogados populares do estado, além de alguns pais de alunos. As atividades administrativas da escola foram mantidas para que o final do ano letivo não seja prejudicado. De acordo com os estudantes, que se queixam da precariedade do espaço físico da escola, ações de revitalização, pintura e restauração de algumas salas de aula já foram iniciadas. Nenhum conflito com a polícia ou comunidade foi registrado pelos estudantes, que relataram a presença pacífica de alguns policias militares na tarde ontem.


Em Nazaré da Mata, a Escola de Aplicação Professor Chaves (UPE), também foi ocupada, sendo a primeira da Mata Norte a aderir ao protesto. Em Petrolina, no Sertão, a Escola Estadual Antonio Padilha segue ocupada há mais de uma semana, além da Escola Estadual Professora Adelina Almeida, ocupada na última segunda-feira.


Com informações dos repórteres Luiza Bessa e Luís Francisco Prates



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