Medo Advogado de Mysheva diz que noiva de promotor também teme por sua vida

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/10/2016 12:11 Atualizado em: 27/10/2016 12:31

Antes de ser iniciada a sessão de julgamento de três dos cinco acusados de envolvimento na morte do promotor de Itaíba Thiago Faria Soares, José Augusto Branco, advogado da noiva da vítima, Mysheva Martins, falou com a imprensa sobre a cliente e sobre o acusado de encomendar o crime, José Maria Rosendo.


"Mysheva está muito abalada. Desde o dia do fato ela está sob acompanhamento psiquiátrico. Ela esteve presente no primeiro dia do julgamneto e depois da sua ouvida não aguentou mais vir. Ficou reclusa em casa descansando durante esses dois dias para que podesse vir hoje. Ela queria está presente hoje. Durante esse tempo ela esteve sob segurança da Polícia Federal e manteve contato apenas comigo, o tempo todo. Ela teme pela sua vida por que é de conhecimento publico que ele está em uma cela especial porque tem curso superior, apesar de ter matado um promotor de justiça. E por que ele tem acesso a celulares de dentro do presídio. Isso já foi provado e até ele mesmo confirmou", adiantou. Durante a sessão de hoje, Mysheva passou mal e se ausentou da sala do júri, acompanhada pela mãe.

Sobre o réu, o advogado acrescentou: "José Maria é um bandido inteligente e antigo. A ficha de antecedentes criminais dele é estrondosa. Mas ele sabe como funciona o júri popular, ele tenta jogar a opinião pública contra Mysheva, por que o júri é formado por pessoas normais, ele está sendo julgado pelo povo e sabe disso. Tanto que ontem ele terminou o discurso dele falando em família e religião. E ele fez isso em todos os júris em que já foi absolvido. Isso é uma estratégia de convencimento usada por ele. Uma forma marginal de convencimento", relatou.


Com mais de três horas de atraso, teve início por volta das 11h15 desta quinta-feira o terceiro e último dia de julgamento. A sessão, realizada na sede Justiça Federal em Pernambuco, no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife, não tem hora para terminar e pode se estender até a madrugada da sexta-feira.

O atraso foi motivado por um protesto de indígenas que fechou o tráfego da BR-101 nos dois sentidos. A manifestação, encerrada às 10h30, causou o atraso de diversas pessoas ao fórum, impossibilitando a retomada dos trabalhos.

Neste quarto dia de trabalhos, acusação e de defesa farão suas considerações finais. Cada um tem três horas para expor argumentos, havendo mais duas horas para réplica e tréplica de cada parte. Por final, a juíza Amanda Torres deverá anunciar o veredicto.



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