Justiça Julgamento dos acusados de matar promotor Thiago Faria deve terminar na madrugada Sessão começou com três horas de atraso e deve se prolongar até 1h

Publicado em: 27/10/2016 22:03 Atualizado em:

Após quatro dias, o julgamento dos três acusados de envolvimento no assassinato do promotor Thiago Farias Soares deve chegar ao fim. A previsão é que a sentença seja divulgada até 1h desta sexta. O último dia foi marcado pelos debates entre acusação e defesa. A sessão começou com mais de três horas de atraso, na sede da Justiça Federal em Pernambuco, no Jiquiá.

Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) Bruno Magalhães e Alfredo Falcão, além dos advogados André Canuto e Augusto Branco, assumiram o papel de acusação no final da manhã. Eles usaram provas como a perícia em 3D feita pela Polícia Federal, que confirma em detalhes a versão da noiva do promotor, Mysheva Martins, que estava no carro no momento do assassinato, na estrada que liga Águas Belas a Itaíba, no Agreste pernambucano, no dia 14 de outubro de 2013. No inquérito da PF, ela é considerada vítima de tentativa de homicídio, assim como o tio dela, Adautivo Martins.

À tarde, foi a vez da defesa dos três réus. O advogado João Olympio Valença, que atua no caso a favor de José Maria Rozendo, apontado como mandante do crime, pôs em dúvida o fato do carro onde estavam as vítimas ter sido parado pelo próprio promotor, mesmo depois dele estar ferido com um tiro de espingarda calibre 12, insinuando que ele teria estacionado antes de ser atingido por algum motivo. Disse, ainda, estranhar o fato dos assassinos não terem atirado contra Mysheva e o tio dela.

Segundo denúncia do MPF, o crime foi motivado por desavenças pela posse de terras da Fazenda Nova, em Águas Belas, da qual Mysheva, noiva da vítima, é herdeira e dona de 32 hectares e Rosendo obtinha lucro a partir da venda de água com a ajuda de carros-pipa. Além dos três réus, no dia 12 de dezembro, será julgado José Maria Domingos Cavalcanti. Antônio Cavalcanti Filho continua foragido.

Relembre o caso

O crime aconteceu em outubro de 2013, no Km 19 da PE-300, em Águas Belas, no Agreste do estado. O promotor Thiago faria Soares estava acompanhado da noiva e do tio dela quando dirigia sentido ao município de Itaíba. Os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás desse veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco. O tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime. Mysheva e o tio escaparam ilesos.

Com informações da repórter Marcionila Teixeira
Confira a cobertura completa do caso no Diario de Pernambuco desta sexta



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL