Mulher Informação sobre possível terceiro caso de estupro circula pelas redes sociais De acordo com a delegada da Mulher, Ana Elisa Sobreira, caso não chegou às delegacias e precisa ser denunciado para ser investigado

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 13/09/2016 09:48 Atualizado em: 13/09/2016 15:00

Polícia divulgou foto do suspeito do primeiro caso, Wellington da Silva Ferreira, de 30 anos. Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Polícia divulgou foto do suspeito do primeiro caso, Wellington da Silva Ferreira, de 30 anos. Foto: Polícia Civil/ Divulgação
A informação de um possível terceiro caso de estupro registrado na Zona Norte do Recife circula pelas redes sociais e aterroriza, ainda mais, a população. Um audio que está sendo transmitido via WhatsApp e relatos pelo Facebook apontam para uma abordagem que teria acontecido na noite da sexta-feira passada, nas imediações de um bar na Rua Leopoldino Silva, bairro de Santana.

A vítima, não identificada, estaria na companhia de duas amigas, mas na saída do bar teria seguido sozinha para o carro, sendo abordada pelo agressor. Sem querer se expor, a mulher teria decidido não prestar queixa e procurado sua ginecologista particular para realizar os tratamentos de profilaxia nos casos de estupro.

Procurada pelo Diario, a Delegada da Mulher de Santo Amaro, Ana Elisa Sobreira disse ter sido informada apenas pelas redes sociais. "Esse caso não chegou nas delegacias. A investigação depende da representação da vítima. Se o crime aconteceu e ela não quer denunciar, a gente não pode dar início ao caso. Ela pode fazer um boletim de ocorrência (pela internet) para o caso ir para as estatísticas, mas para ser investigado, precisa denunciar em qualquer delegacia", esclareceu.

O De­­­partamento de Polícia da Mu­­­lher (DPMul) realiza um esforço concentrado para investigar os recentes casos de estupro registrados no Recife. A polícia aguarda o resultado de um exame de DNA no sêmen co­­­letado nas duas últimas vítimas para identificar se trata-se de um mesmo suspeito. A estudante de medicina de 29 anos, foi abordada no dia 16 de agosto. Já a empresária, de 32 anos, foi estuprada na quinta-feira passada. A segunda vítima encontrou semelhanças do suspeito com Wellington da Sil­­­va Ferreira, de 30 anos, reconhecido pela universitária.

A empresária de 32 anos, foi abordada por volta das 12h do dia oito de setembro quando saía de uma lavanderia na Rua Amélia, bairro das Graças. O suspeito a levou até a BR-101 Sul onde a estuprou. A abordagem foi igual autilizada no abuso contra uma estudante de medicina em agosto, no bairro de Parnamirim. Já a universitária de 29 anos foi abordada por volta das 18h do dia 16 de agosto deste ano, na Rua André Cavalcante, Parnamirim, também Zona Norte do Recife, quando chegava à casa dos pais. Ao abrir a porta do seu Fox, estacionado em frente ao prédio, foi surpreendida pelo suspeito, armado com uma faca. Ele invadiu o carro, assumiu a direção e seguiu com a universitária. Segundo a polícia, a vítima foi estuprada às marrgens da BR-101, foi fotagrafada nua e com roupa pelo suspeito e, por volta das 22h, abandonada com o veículo, nas proximidades da estação de metrô Antônio Falcão, na Imbiribeira. O criminoso fugiu levando o telefone celular da estudante.

No dia 31 de agosto, a polícia divulgou a identidade do suspeitto: Wellington da Silva Ferreira. Nome, idade e foto foram apresentados na 1ª Delegacia de Polícia da Mulher (DEAM- DPMUL), que investiga o caso. O crime em Parnamirim foi cometido pouco menos de um mês depois do suspeito ter sido libertado após cumprir pena por tentativa de homicídio. Wellington, também conhecido como Matuto, tem 30 anos. A partir de um retrato falado, o suspeito teve a ficha localizada no banco de dados do sistema carcerário. Vítima e testemunhas reconheceram o criminoso pela foto do documento. Em depoimento, a universitária contou que o homem teria 1,70 cm, cabelos curtos e seria pardo ou moreno claro. Usava um boné azul claro e vestia uma camisa de time de futebol. O suspeito do estupro havia sido preso por tentativa de homicídio registrada em maio de 2012, e cumpriu pena até o dia 17 julho deste ano no Complexo Prisional do Curado. Com a divulgação da foto e do nome, a polícia acredita na participação da população, que poderá denunciar a localização do suspeito e ter a identidade preservada pelo Disque Denúncia: 3421-9595, 3184-3553 e 9 9488-4159 (telefone funcional da delegada Inalva Regina).

 

 



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