Investigação
Polícia Civil conclui inquérito sobre morte do empresário Paulo César Morato
Coletiva será concedida amanhã pela delegada Gleide Ângelo, responsável pelas investigações e pela perita Vanja Coelho, do IC
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 29/08/2016 14:20 Atualizado em: 29/08/2016 15:59
Paulo César Morato foi encontrado morto no dia 22 de junho no Motel Tititi, na Avenida Perimetral, em Olinda. Foto: Reprodução/ TV Clube |
Assessoria de comunicação não antecipou detalhes sobre a investigação realizada para saber se houve suicídio, homicídio ou morte natural. Depois de 11 dias de análises e exames realizados no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, o laudo do IML indicou que o empresário teria sido envenenado por chumbinho. De acordo com as perícias realizadas pela Polícia Científica, a causa da morte foi intoxicação exógena por organofosforado, substância comumente utilizada para controle de pragas e conhecida popularmente como chumbinho.
A delegada Gleide Ângelo colheu depoimentos de pessoas ligadas à família do empresário e viajou para o munícipio de Tamadaré, litoral Sul de Pernambuco, onde Paulo César morou por vários anos e foi comerciante. Ele era dono de estabelecimento de venda e assistência técnica de telefones celulares. Tido como uma pessoa boa e tranquila na localidade, o empresário é apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos principais laranjas de um esquema de desvio de verbas públicas para o financiamento de campanhas eleitorais do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Durante a operação Turbulência, Morato teve a prisão preventiva decretada e chegou a ser considerado foragido, sendo encontrado morto no dia seguinte.
Segundo a PF, ele era suspeito de integrar uma organização criminosa que teria desviado R$ 600 milhões, envolvendo pelo menos 18 empresas que seriam de fachada e tinham abastecido campanhas políticas de Pernambuco e do Nordeste. Paulo Morato seria o dono da empresa "Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplenagem LTDA". Ele ainda é apontado pelo Ministério Público como um dos que aportou recursos na aquisição da aeronave Cesnna, que transportava o ex-governador Eduardo Campos em 2014, falecido em 13 de agosto daquele ano, num acidente aéreo. O Ministério Público Federal informou que Paulo César tinha em conta R$ 24,5 milhões, mas era considerado como "testa de ferro" porque as condições de vida dele não condiziam com o dinheiro encontrado.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS