Solidariedade Vaquinha pede ajuda no tratamento de criança com paralisia cerebral Olívia segue na dança dá nome à campanha criada pelos pais da garota que, meses atrás, abriram as portas para os amigos embalarem a pequena

Publicado em: 25/07/2016 18:59 Atualizado em: 25/07/2016 19:09

Marília e Fernando precisaram parar de trabalhar para cuidar da menina, que precisa de atenção especial. Foto: Paulo Paiva/ DP (Arquivo)
Marília e Fernando precisaram parar de trabalhar para cuidar da menina, que precisa de atenção especial. Foto: Paulo Paiva/ DP (Arquivo)
 
Há pouco menos de um ano, Olívia, agora com um ano e um mês, ficou conhecida pela campanha que convidava as pessoas a dançarem com ela, que só ficava sem chorar assim, dançando nos braços de alguém. A ideia de abrir as portas da casa para que bailassem com a pequena veio quando os pais, Marília Cireno e Fernando Peres, já não conseguiam mais fazê-lo sozinhos e foi bem positiva: cerca de 50 amigos a acompanharam na dança. Agora Olívia já não precisa do balanço, mas a família ainda encara dificuldades para garantir seu bem-estar. Para ajudar nos altos custos do tratamento, que inclui remédios e terapias, os pais de Olívia criaram um novo movimento, desta vez, uma vaquinha virtual, que em 24 horas já arrecadou a 40% do esperado
Depois de 20 horas de trabalho de parto, em junho do ano passado, Olívia passou cinco minutos sem respirar. A consequência da encefalopatia hipóxico isquêmica foi uma paralisia ceberal e muitas foram as batalhas de Olívia e dos seus pais até aqui. Hoje, a pequena tem dificuldade de sustentar o tórax e também para movimentar os membros. Também tem baixa visão, hipertonia muscular e muita dificuldade em sorrir e ensaiar as primeiras palavras. Apesar das dificuldades, comemoram um grande ganho: o fim das crises convulsivas, graças ao uso do Canabidiol (CDB) – um composto derivado da maconha. Tão eficiente quanto caro, o CBD é uma das coisas que a vaquinha vai garantir à Olívia. 
“Um dia desses, o CBD acabou e dias depois ela entrou em crise. Ela não pode ter crises. Sabemos que podemos pedir no SUS, mas demora bastante tempo. Ela toma uma outra medicação para as crises convulsivas também e, juntas, elas seguram a onda”, explica a mãe Marília, 31, que contou ainda que, desde o nascimento de Olívia, ela e o companheiro tiveram que parar de trabalhar para cuidar da filha. “Estamos voltando agora, mas nesse período fizemos dívidas e estamos no perrengue. A expectativa é conseguir bancar o tratamento dela por cerca de três meses e, se sobrar alguma coisa, também quitar parte dessa dívida”, disse. 

Surpresa com o volume de colaborações na vaquinha virtual – que pretende arrecadar R$ 12 mil – em tão pouco tempo, Marília se diz muito grata e feliz. “A gente se vê tão atarefado, é tão difícil e às vezes parece que o mundo está caindo em cima da gente. Aí pedimos ajuda e um monte de gente estende a mão, ficamos emocionados”, revelou. 

“Somos muito agradecidos a todos que puderem contribuir e também aos que não puderem mas que mesmo assim nos enviam boas energias e mensagens de amor! Olívia é muito feliz e a nossa maior alegria é perceber que ela nos transmite isso, do jeitinho dela. No olhar, nos sorrisinhos discretos mas verdadeiros, nas vocalizações e até no choro ela se comunica com a gente e transmite seu amor. Só podemos nos sentir muito felizes com essa menina tão incrível que a vida nos deu, e tentar dar a ela uma vida igualmente incrível”, diz a mensagem deixada pelos pais na página da vaquinha virtual. 


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