Saúde Hiperplasia Prostática Benigna afeta até 80% dos homens Crescimento da próstata pode precisar de cirurgia. No Recife, tecnologia permite procedimento sem sangramento.

Publicado em: 27/05/2016 22:00 Atualizado em: 27/05/2016 22:03

Oito em cada 10 homens terão até os 80 anos de idade desenvolvido Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Essa doença não tem a ver com câncer, enfermidade que acometerá 61 mil brasileiros entre este ano e o próximo. Nem por isso ela deve passar despercebida dos cuidados masculinos. A HPB pode interferir no fluxo de urina e, caso não tratada, levar a situações mais sérias, como alteração das funções renais, sangramento e até a necessidade de hemodiálise. Recife é uma das cidades que dispõe de tecnologias avançadas de tratamento.

A doença costuma surgir após os 45 anos e está relacionada ao envelhecimento. Apesar de não haver uma causa exata, estudos apontam uma correlação com níveis elevados de testosterona e também com a hereditariedade. A HPB ocorre quando há um aumento da próstata, fazendo com que a glândula masculina comprima a uretra e gere complicações. Dentre as quais, as primeiras são a perda de força no jato da urina e a necessidade de urinar frequentemente.

O médico urologista do Hospital Santa Joana Recife Guilherme Maia explica que urinar mais de seis vezes ao dia ou acordar duas vezes ou mais, durante a noite, para ir ao banheiro podem ser indício da doença. Também são sintomas a ardência e a incontinência urinária. “É uma doença benigna, que não mexe com impotência ou incontinência. Quantos mais idoso for o paciente, maiores são as chances de tê-la. Os sintomas podem ser leves a graves”, explicou.

Na maioria dos casos, de sintomas leves, é possível controlar o crescimento da próstata e assim evitar compliações da doença com o uso de medicamentos. Cerca de 10% a 20% dos pacientes precisarão, entretanto, de cirurgia pra frear esse aumento. Essa virou uma possibilidade na vida do autônomo Luciano Amorim, 53 anos, na semana passada. Ele descobriu que a próstata estava crescendo há cerca de cinco anos. Iniciou a medicação, mas no último fim de semana sentiu dores e precisou ir ao médico três dias seguidos para esvaziar a bexiga com uma sonda. “É um desconforto excessivo. O médico falou da cirurgia e acredito que é uma questão de tempo, já tenho essa consciência”, disse.

Além da forma medicamentosa, há dois tipos de cirurgia para a HPB: a tradicional, realizando uma raspagem (RTU) para ampliar o canal de passagem da urina, e uma tecnologia já utilizada como protocolo em 95% das cirurgias da doença em vários centros nos Estados Unidos e Europa: a greenlight laser. Esta última, já existente no Recife, permite a vaporização através de laser com luz do espectro verde. As ondas reagem com a oxiemoglobina presente no sangue e vaporizam o excesso de tecido com altas temperaturas sem causar sangramentos.

“O laser verde garante menos complicações, não existem incisões no corpo e logo não sangra”, explica Guilherme Maia. Por isso, a operação também pode ser realizada em pacientes que têm problemas cardíacos e que tomam remédios anticoagulantes, sem a necessidade de suspendê-los. O tempo de recuperação também cai de 4 a 7 dias com sonda para apenas um. O procedimento não interfere na função erétil do homem.

 

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