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Acessibilidade

UFPE cadastra estudantes com deficiência

Universidade quer identificar e acompanhar alunos com necessidades específicas para articular melhorias na acessibilidade

Publicado: 22/04/2016 às 08:47

Ação é do Núcleo de Acessibilidade (Nace) da UFPE. Foto:Guilherme Verissimo (Arquivo/DP)/

Ação é do Núcleo de Acessibilidade (Nace) da UFPE. Foto:Guilherme Verissimo (Arquivo/DP)/

Ação é do Núcleo de Acessibilidade (Nace) da UFPE. Foto:Guilherme Verissimo (Arquivo/DP)
Os estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) devem atualizar seus dados cadastrais no Siga, sistema de informações da unidade, em especial no campo que se refere à pessoa com deficiência. A UFPE quer identificar e acompanhar os alunos com necessidades específicas para articular melhorias e garantir a acessibilidade necessária à permanência com qualidade na instituição. A iniciativa é para alunos de graduação e pós-graduação e está sendo promovida pelo Núcleo de Acessibilidade (Nace) da UFPE. De acordo com a coordenadora do Nace, Adriana Di Donato, a previsão é de que a atualização se estenda, em um segundo momento, para servidores da universidade.

“É muito importante que todos os estudantes atualizem seu cadastro e informem sua condição de pessoa com ou sem deficiência. Essa informação irá nos ajudar a pensar em mais estratégias de inclusão e a continuar melhorando a acessibilidade dos estudantes com deficiência ou com mobilidade reduzida”, afirmou Adriana Di Donato. Segundo Adriana, o último número de estudantes deficientes da universidade é de 2013 e não corresponde à realidade atual. Por esse motivo, a instituição quer saber quantos são, quem são, onde estão e o que precisam essas pessoas.

Aluna do terceiro período de arquitetura da UFPE, Bárbara Bium, 19 anos, é cadeirante desde os 13, quando sofreu uma infecção na medula que comprometeu os movimentos das pernas. Na opinião dela, o problema maior de mobilidade da instituição é a pavimentação. Segundo Bárbara, é preciso melhorar as calçadas internas e instalar rampas de acesso. “Há um desnível da rua para a calçada, além dos buracos no chão. Isso é perceptível em todo o campus”, comentou.

Adriana Di Donato informou que em 2015 foi concluída uma obra no valor de R$ 2 milhões que permitiu pavimentar 50% da área interna do campus. Foram instalados piso tátil e pista para ciclista, por exemplo. O restante do trabalho que precisa ser feito no espaço está sendo mapeado, inclusive nos prédios antigos e históricos. Mas não há previsão de quando começarão a passar por reformas. Professor de Transportes da UFPE e especialista em Mobilidade, Maurício Andrade relata que o problema do campus existe na estrutura antiga.

“Uma universidade como a UFPE tem prédios do início da década de 1970, por isso existe um passivo com relação a acessibilidade. De lá para cá foi surgindo a legislação de mobilidade e os prédios novos, construídos a partir de 2010, já foram erguidos dentro de um padrão inclusivo. Mas a universidade tem a intenção de resolver, tanto que existe uma comissão específica para o assunto”, comentou.
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