Congestionamento Protesto fecha cruzamento da Avenida Norte com a Rua João de Barros Manifestação realizada por famílias sem teto deixou o trânsito bastante complicado em direção ao centro da cidade

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/03/2016 07:30 Atualizado em: 28/03/2016 09:37

Com pneus queimados, manifestantes fecharam o cruzamento entre a Avenida Norte e a Rua João de Barros. Foto: Reprodução/ TV Clube
Com pneus queimados, manifestantes fecharam o cruzamento entre a Avenida Norte e a Rua João de Barros. Foto: Reprodução/ TV Clube
Com pneus queimados, manifestantes fecharam, por volta das 7h30 da manhã desta segunda-feira, o trânsito no cruzamento entre a Avenida Norte e a Rua João de Barros, no bairro da Encruzilhada, zona norte do Recife. O protesto foi realizado por famílias sem teto moradoras da Ocupação Solange Souza. De acordo com Eraldo Lira, um dos líderes do Movimento Revolucionário Cidadão, ao todo 120 famílias estão cadastradas esperando uma solução de moradia da Prefeitura do Recife.

A Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU) enviou uma equipe ao local para ordenar o fluxo de veículos, que ficou bastante complicado em direção ao centro da cidade. Rapidamente, um grande congestionamento foi formado, principalmente na Avenida Norte, um dos principais corredores de tráfego do Recife. Os motoristas foram orientados a desviar à direita em direção ao bairro do Espinheiro e eviar o trecho.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também foram acionados para a manifestação. Os bombeiros apagaram as chamas liberando, num primeiro momento, a faixa da Avenida Norte no sentido subúrbio, por volta das 8h e todas as vias perto das 8h10. De lá, os manifestantes que lutam por moradia seguiram para doar sangue ao Hemope, no bairro do Derby, também como gesto de mobilização.

No dia oito de março, cerca de 80 mulheres ligadas à Ocupação Solange Souza fizeram uma caminhada pela Avenida Norte. Elas sairam da Praça Luiz Inácio Pessoa de Melo, no Rosarinho, com destino ao Largo da Encruzilha, onde pintaram o chão em protesto por moradia.

Em seguida, as manifestantes caminharam até o Residencial Vila Brasil 1, no bairro de Joana Bezerra, cujas obras estão paradas desde agosto de 2014. Fora do cadastro da Secretaria de Habitação do Recife, elas reclamam do atraso e dos altos custos da obra, além da falta de atenção do município com a questão da moradia.


No Coque, as mulheres fizeram uma ação de cidadania, coletando lixo e entulhos deixados no residencial para evitar proliferação do mosquito da dengue. "O residencial estava se acabando, abandonado, ficando depredado e gente precisando de lugar para morar. Um recurso mau utilizado, uma obra que custou milhões", alegou na ocasião Eraldo Lira. As famílias deixaram o condomínio no dia 12 de janeiro.

Em 17 de fevereiro passado, o grupo realizou um protesto em frente à prefeitura do Recife e, na ocasião, foram recebidos pelo secretário de Habitação, Carlos Ferreira Filho, e sua equipe. No dia 29, eles apresentaram o cadastro, mas até agora, não receberam resposta da Secretaria de Habitação.

 



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