Vida Urbana
História
Engenho do século 16 foi descoberto em escavações
Pesquisadores da UFPE encontraram as ruínas em Abreu e Lima. Mais de 15 áreas de aldeias também foram localizadas
Publicado: 17/03/2016 às 07:15
Ruínas de um engenho do século 16 foram descobertas por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Antes parte das antigas Sesmaria Jaguaribe, o Engenho Jaguaribe é um dos cinco primeiros engenhos de açúcar no Brasil. O local está sendo estudado pelo grupo de pesquisa da UFPE Programa Jaguaribe. Além de iniciar a escavação no engenho, os pesquisadores localizaram mais de 15 áreas de aldeias indígenas, fizeram a escavação da fazenda dos beneditinos e delimitaram a área da senzala, da igreja e da casa dos padres que viveram lá. A pesquisa faz parte do projeto Os Primeiros Engenhos Coloniais da Sesmaria Jaguaribe – PE.
Sob coordenação da professora da pós-graduação em arqueologia da UFPE Claudia Oliveira, e do professor da Universidad Veracruzana (México) Pedro Jiménez Lara, o projeto é desenvolvido por alunos de graduação, pós-graduação e professores dos cursos de arqueologia, turismo, geologia, cartografia e história. O objetivo do grupo é descobrir como os engenhos funcionavam no período colonial e desvendar fatos importantes sobre a história de Pernambuco. A pesquisa que está sendo desenvolvida desde 2001.
As primeiras pesquisas no Engenho Jaguaribe foram realizadas na área da capela. “Muito interessante porque, inicialmente, a gente pensa naquelas estruturas mais primitivas, mais singelas, e o que estamos vendo é uma grande capela”, afirma a Claudia Oliveira. As descobertas não apenas possuem um grande valor histórico arqueológico, mas também representam a possibilidade de resgatar a configuração arquitetônica inicial dos primeiros engenhos implantados na Capitania de Pernambuco.
O grupo também levantou o perfil das duas comunidades locais, a de Jatobá e a de Jaguaribe, visando iniciar um processo de conscientização sobre o trabalho desenvolvido na área e buscar formas de trazer benefícios para a população local por meio do projeto. Algumas das ideias envolvem um museu a céu aberto e investimento turístico, obtendo lucro para a população. Além disso, as pesquisas já renderam alguns trabalhos individuais, como teses e dissertações, e outros já estão a caminho. “Tem uma monografia, um mestrado e um doutorado em andamento”, adianta a professora Claudia.
“A pesquisa se preocupa em como pode ser útil para auxiliar o desenvolvimento local, preservar a história. Vamos conscientizar, vamos transformar isso em um ponto turístico de modo a beneficiar a população", afirma a pesquisadora, que atua em convênio de cooperação entre a prefeitura do município de Abreu e Lima e a UFPE.
A Sesmaria de Jaguaribe foi doada ao administrador Vasco Fernandes pelo donatário da antiga Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, e suas primeiras construções datam da segunda metade do século 16, ou seja, dos primeiros anos do povoamento do estado de Pernambuco e do Brasil. Outros sítios arqueológicos estão sendo pesquisados na região, alguns inclusive de aldeias indígenas de antes da chegada dos portugueses.
Sob coordenação da professora da pós-graduação em arqueologia da UFPE Claudia Oliveira, e do professor da Universidad Veracruzana (México) Pedro Jiménez Lara, o projeto é desenvolvido por alunos de graduação, pós-graduação e professores dos cursos de arqueologia, turismo, geologia, cartografia e história. O objetivo do grupo é descobrir como os engenhos funcionavam no período colonial e desvendar fatos importantes sobre a história de Pernambuco. A pesquisa que está sendo desenvolvida desde 2001.
As primeiras pesquisas no Engenho Jaguaribe foram realizadas na área da capela. “Muito interessante porque, inicialmente, a gente pensa naquelas estruturas mais primitivas, mais singelas, e o que estamos vendo é uma grande capela”, afirma a Claudia Oliveira. As descobertas não apenas possuem um grande valor histórico arqueológico, mas também representam a possibilidade de resgatar a configuração arquitetônica inicial dos primeiros engenhos implantados na Capitania de Pernambuco.
O grupo também levantou o perfil das duas comunidades locais, a de Jatobá e a de Jaguaribe, visando iniciar um processo de conscientização sobre o trabalho desenvolvido na área e buscar formas de trazer benefícios para a população local por meio do projeto. Algumas das ideias envolvem um museu a céu aberto e investimento turístico, obtendo lucro para a população. Além disso, as pesquisas já renderam alguns trabalhos individuais, como teses e dissertações, e outros já estão a caminho. “Tem uma monografia, um mestrado e um doutorado em andamento”, adianta a professora Claudia.
“A pesquisa se preocupa em como pode ser útil para auxiliar o desenvolvimento local, preservar a história. Vamos conscientizar, vamos transformar isso em um ponto turístico de modo a beneficiar a população", afirma a pesquisadora, que atua em convênio de cooperação entre a prefeitura do município de Abreu e Lima e a UFPE.
A Sesmaria de Jaguaribe foi doada ao administrador Vasco Fernandes pelo donatário da antiga Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, e suas primeiras construções datam da segunda metade do século 16, ou seja, dos primeiros anos do povoamento do estado de Pernambuco e do Brasil. Outros sítios arqueológicos estão sendo pesquisados na região, alguns inclusive de aldeias indígenas de antes da chegada dos portugueses.

Últimas

Mais Lidas
