Polícia Assessor parlamentar acusado de matar ex-miss foi preso por ameaçar testemunhas

Publicado em: 08/03/2016 20:54 Atualizado em: 08/03/2016 21:14

Cristiane de Lima Santos. Foto: Alcione Ferreira/DP
Cristiane de Lima Santos. Foto: Alcione Ferreira/DP
Um dos três envolvidos no caso do assassinato da ex-miss do Cabo Cristiane de Lima Santos, 22, foi preso em Camela, distrito de Ipojuca, na semana passada. Segundo a polícia, Antônio Fernandes de Araújo, 51 anos, conhecido como Toinho do Araçá, foi o executor do crime e trabalha como assessor parlamentar da Assembleia Legislativa de Pernambuco. O homicídio aconteceu em 19 de abril de 2003.

O suspeito foi preso pela primeira vez em 2008 e liberado para responder ao processo em liberdade. Mas após denúncias de ameaçar as testemunhas envolvidas no caso, a Vara Criminal da Comarca Ipojuca determinou que ele fosse preso novamente, através de um mandato de prisão preventiva. O mandado foi cumprido por policiais da Delegacia de Capturas, que encaminharam Toinho para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

Ainda segundo a polícia, o sogro do suspeito, o ex-vereador de Ipojuca José Apolinário foi apontado como mandante do crime. Cristiane era gerente do Motel Califórnia, em Ipojuca, e foi encontrada morta a quatro quilômetros do estabelecimento, às margens de uma estrada de acesso ao Complexo Portuário de Suape, no Engenho Pindorama. Toinho Araçá, o sogro dele, e um terceiro envolvido, Eliberto Luiz de Mesquita foram presos após o crime.

Mas todos tiveram direito a responder o processo em liberdade no ano de 2010, após apresentarem bom comportamento. Toinho trabalhava no motel e também como assessor parlamentar na Câmara de Ipojuca na época do crime. Em coletiva de imprensa realizada ontem, a delegada Beatriz Gibson falou sobre o caso. “A ex-miss tinha um relacionamento com o seu chefe, José Apolônio de Oliveira. Ele também era ex-vereador da cidade e sogro do executor do crime (Toinho). Para eliminar sua funcionária o ex-empresário pediu ajuda de outros dois funcionário, inclusive um deles seu genro”, contou. Heriberto, segundo a polícia, era o dono da arma utilizada no crime.

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