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Arboviroses Radiação nuclear contra o Aedes aegypti Ministério da Saúde e a Agência Internacional de Energia Atômica vão avaliar a implementação de projeto que esteriliza o mosquito

Publicado em: 05/02/2016 07:28 Atualizado em: 05/02/2016 07:31

Novas estratégias vão reforçar o combate já feito junto aos criadouros. Foto: Julio Jacobina/ DP
Novas estratégias vão reforçar o combate já feito junto aos criadouros. Foto: Julio Jacobina/ DP
Diversas estratégias estão sendo utilizadas para combater o mosquito Aedes aegypti no Brasil e frear o surto de microcefalia e a expansão das arboviroses. O Brasil vai avaliar o uso de radiação nuclear para combater o mosquito Aedes aegypti. Um encontro será feito entre o Ministério da Saúde e a Agência Internacional de Energia Atômica nos dias 17 e 18, em Brasília, com a meta de avaliar a implementação de projeto que esteriliza o mosquito.

A nova estratégia, proposta pela AIEA, é a de reverter a expansão da população de mosquitos. O plano consiste em expor mosquitos machos à radiação nuclear, tornando-os inférteis. Uma vez de volta no meio ambiente, esses mosquitos não conseguiriam se reproduzir e a população geral teria queda. No dia 22, em Brasília, especialistas de todo o mundo vão se reunir para examinar a viabilidade do projeto. Uma das conclusões de especialistas é de que, com a vacina não podendo ser produzida antes de 2018, a meta é um “combate agressivo ao vetor”.

Com o sistema, milhares de mosquitos seriam controlados, sem o uso de produtos tóxicos. O grande obstáculo é o volume de insetos que teriam de ser inicialmente esterilizados. Para que isso funcione, os espécimes modificados teriam de ser superiores ao número de mosquitos machos em uma população autóctone em uma proporção de 10 a 20 vezes. A própria AIEA estima que o plano teria maiores chances de funcionar em pequenas cidades e não em metrópoles.

“Se o Brasil soltar um enorme número de mosquitos machos nessas condições, levaria poucos meses para reduzir a população. Mas isso teria de ser combinado com outros métodos”, disse o vice-diretor da AIEA, Aldo Malavasi. (Agência Estado)

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