Declaração
Governo garante segurança no carnaval, apesar da greve da Polícia Civil
Mobilizada, categoria faz passeata esta tarde pelas ruas do Recife
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 04/02/2016 07:08 Atualizado em: 04/02/2016 08:30
Galo da Madrugada terá patrulhamento de 4 mil policiais militares. Ao todo, serão 35 mil turnos de trabalho na folia. Foto: Ricardo Fernandes/ DP |
Na opinião do gestor, iniciar uma greve no sábado de carnaval “é um desserviço ao cidadão”, pois, segundo ele, não resolveria o problema da segurança. “Não vai ter nenhum benefício para a categoria. Vai apenas prejudicar uma população que quer ter, em quatro dias de carnaval, a condição de brincar com paz.”
Estão previstos 35.466 lançamentos (turnos de trabalho) no carnaval, entre policiais militares e civis, bombeiros e agentes da Polícia Científica. Somente no Galo, serão 4.025 lançamentos da Polícia Militar.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpol), Áureo Cisneiros, a notificação da greve foi entregue ontem na Secretaria de Administração do Estado (Sade). Também ontem, o governo do estado ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça para tentar impedir o movimento grevista.
Apesar disso, os policiais civis farão uma passeata hoje à tarde. A categoria pretende sair da sede do sindicato, no bairro em Santo Amaro, em direção ao Palácio do Campo das Princesas. De acordo com o Sinpol, governo do estado não cumpriu o acordo firmado com a categoria em dezembro do ano passado, porque não encaminhou à Assembleia Legislativa o projeto de lei para reformulação do Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos da Polícia Civil.
“Até agora o governo não nos chamou para uma negociação. Por enquanto, a passeata de amanhã está mantida e a greve deve ser decretada”, enfatizou Áureo Cisneiros.
O governador rebateu o argumento de que o acordo não teria sido cumprido. “Nós comunicamos, desde o início da semana, que o Projeto de Lei que altera o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da categoria vai ser enviado à Assembleia após o carnaval. Nós conversamos com eles e mostramos isso. Não há quebra de compromisso. Isso é uma ação que nós entendemos como política”, declarou o governador.
Os peritos criminais do Instituto de Criminalística e os médicos legistas do Instituto de Medicina Legal não vão aderir à greve. De acordo com representantes das duas categorias, as pautas são diferentes e os trabalhadores preferem negociar com o governo. Os peritos e os médicos exigem um reenquadramento das categorias perante o governo e a realização de um novo plano de cargos e carreiras.
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