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Foliões Fantasiados anônimos dão o clima da festa na concentração do Galo

Publicado em: 06/02/2016 08:14 Atualizado em: 06/02/2016 08:44

Vestidas de baby doll vermelho e cortinatos com mosquitos Aedes, amigas fazem o alerta para a prevenção sem perder o bom humor. Foto: Marcionila Teixeira/ DP
Vestidas de baby doll vermelho e cortinatos com mosquitos Aedes, amigas fazem o alerta para a prevenção sem perder o bom humor. Foto: Marcionila Teixeira/ DP
O folião é sem dúvida uma das maiores atrações do carnaval do Recife. No sábado de Zé Pereira, dia do desfile do Galo da Madrugada, não é diferente. Os dois milhões de foliões esperados pela direção da agremiação este ano, são os verdadeiros donos da festa, com suas fantasias, irreverência, alegria. Até mesmo um assunto sério como a epidemia de dengue Zika e chikungunya virou motivo de riso. Vestidas de baby doll vermelho e cortinatos com mosquitos Aedes, amigas fazem o alerta para a prevenção sem perder o bom humor.


Em frente ao Forte das Cinco Pontas, ponto de concentração para o desfile, a circulação começou cedo. Entre os presentes, um grupo de cerca de 30 pessoas vestidas de Medusa. A arquiteta Bárbara Kreuzig, de 67 anos, conta que os amigos se reunem há cerca de 20 anos para brincar o carnaval com uma fantasia diferente e este ano resolveram lembrar a mitologia grega e confeccionar as perucas de cobras a base de espuma.

O ator de teatro de rua José Bezerra, de 75 anos, chegou fantasiado do ex-presidente Lula, como faz tradicionalmenteFoto: Marcionila Teixeira/ DP
O ator de teatro de rua José Bezerra, de 75 anos, chegou fantasiado do ex-presidente Lula, como faz tradicionalmenteFoto: Marcionila Teixeira/ DP
O ator de teatro de rua José Bezerra, de 75 anos, chegou fantasiado do ex-presidente Lula, como faz tradicionalmente. Este ano, o artista, que é simpático ao petista, levou uma mala com várias frases como "Não há neste mundo uma viva alma mais honesta que eu", "Eu não sei de nada". Questionado sobre a credibilidade do político ele atesta: "Não posso afirmar que ele tem culpa, mas Dilma sim". Este ano, Bezerra, que só cursou até a quinta série diz ter um motivo a mais para brincar o carnaval: o filho se forma em direito pela UFPE.

Já o casal formado por Ronaldo Farias, de 61 anos, que trabalha com software e Marília Perrusi, 49, arquiteta, também chegou cedo para aproveitar a festa. Ele acompanha o galo há 15 anos, sempre fantasiado com a bandeira de Pernambuco. Este ano, também faz homenagens aos cangaceiros, passistas e a Chico Science. "Enquanto estiver vivo e brincar carnaval vou repetir a fantasia", garante.



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