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Vida Urbana
Protesto

Famílias ocupam habitacional inacabado e pedem atenção da Prefeitura do Recife

Município tenta saída pacífica e diz que as obras, paradas desde agosto, estão 50% concluídas

Publicado: 12/01/2016 às 09:21

Ocupantes são de vários bairros do Recife e não estão no cadastro da prefeitura. Foto: Malu Cavalcanti/ Esp. DP/

Ocupantes são de vários bairros do Recife e não estão no cadastro da prefeitura. Foto: Malu Cavalcanti/ Esp. DP/

Ocupantes são de vários bairros do Recife e não estão no cadastro da prefeitura. Foto: Malu Cavalcanti/ Esp. DP
Cerca de 100 famílias de diversos bairros do Recife ocupam, desde o início da manhã desta terça-feira, o Residencial Vila Brasil 1, no bairro de Joana Bezerra, cujas obras estão paradas desde agosto de 2014. Fora do cadastro da Secretaria de Habitação da Prefeitura do Recife, eles protestam contra o atraso e os custos das obras e reclamam da falta de atenção do município. 

"O residencial estava se acabando, abandonado, estavam depredando e gente precisando de lugar para morar. Um recurso mau utilizado, uma obra que custou milhões e a polícia na nossa porta", diz o coordenador geral do Movimento Revolucionário Cidadão (MRC), Eraldo Lira. 

Segundo um integrante da ocupação, que se identificou apenas como Tiago, a maioria das famílias que ocupam o habitacional são funcionárias terceirizadas do governo. "A maior parte é de prestadores de serviço para o estado, que ficam meses sem receber um salário. Só queremos um lugar digno para morar, é muito abandono", diz. 


Segundo os participantes, moradores de localidades como Arruda, Ponte Parada, Mangabeira, Chão de Estrelas e Bomba do Hemetério estão acampadas. "Queremos que essas famílias sejam alocadas em algum programa da Prefeitura do Recife", defende Eraldo Lira. 

A Prefeitura do Recife informou, através da assessoria de imprensa, que está negociando a saída pacífica dos ocupantes. A prefeitura também confirmou que as obras estão paradas desde agosto e disse que a suspensão deve-se a uma "negociação contratual" com as construtoras. Ainda de acordo com a prefeitura, a obra está 50% concluída. 
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