Arrecadação Arquidiocese lança campanha para ajudar restauro de Igreja e Seminário de Olinda Iphan autorizou implantação do projeto e Ministério da Cultura liberou a captação de pouco mais R$ 3,7 milhões para iniciar as obras emergenciais

Publicado em: 12/01/2016 10:02 Atualizado em:

A Arquidiocese de Olinda e Recife lança, nesta terça-feira, uma campanha de arrecadação de recursos para restaurar o Seminário e Igreja Nossa Senhora da Graça, em Olinda. O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizou a implantação do projeto e o Ministério da Cultura liberou a captação de pouco mais R$ 3,7 milhões para iniciar as obras emergenciais de recuperação dos imóveis. 

Em agosto, o arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido criou a Comissão Arquidiocesana para Restauro e Conservação das Igrejas, grupo de trabalho que conta com sete membros, entre eles o bispo auxiliar dom Antonio Tourinho Neto, que assumiu a vice-presidência da comissão. O grupo ainda conta com conselheiros, secretaria e gestão de projetos.

Em maio de 2015 um dos imóveis que será restaurado, o Seminário de Olinda, foi interditado pela Defesa Civil, por estar sob risco de desabamento. 
 
Seminário de Olinda e Igreja de Nossa Senhora da Graça

A Igreja de Nossa Senhora da Graça e pelo Seminário preservaram, até hoje, a modulação clássica do prédio, sendo o maior e melhor testemunho da arquitetura jesuítica do século XVI, no Brasil.

Em 1535, Duarte Coelho fundou a ermida de Nossa Senhora da Graça para oferecer aos religiosos de Santo Agostinho. No entanto, nenhum chegou ao Brasil. Em seus lugares, vieram os jesuítas.

A capela foi, então, doada ao padre Antônio Pires, que desembarcou em Olinda em 1551. A construção, inspirada na Igreja de São Roque, em Lisboa, é uma importante referência da arquitetura quinhentista. Castigado pelo incêndio da cidade, o colégio foi, posteriormente, reconstruído e reocupado pelos jesuítas. No arco da capela-mor, há uma inscrição com a data de 1661, provavelmente, a época da conclusão dos reparos.

Com o banimento dos jesuítas, em 1760, o colégio foi abandonado e, posteriormente, doado à Mitra. Sob os cuidados do bispo dom Azeredo Coutinho, foi transformado em Seminário no princípio do século XIX.


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