Saúde
40% das crianças com microcefalia atendidas pela FAV têm problemas de visão
Por: Carolina Sá Leitão - Diario de Pernambuco
Publicado em: 11/01/2016 15:51 Atualizado em: 11/01/2016 16:58
Fundação Altino Ventura realiza mutirões desde dezembro. Foto: Karina Morais/Esp. DP |
De acordo com a coordenadora do estudo, a oftalmologista Camila Ventura, essas estruturas acometidas são fundamentais para o desenvolvimento da visão. "Uma vez acometidas, a gente sabe que tem que intervir de forma agressiva para estimular o desenvolvimento dessa visão", afirmou a médica. Ainda no estudo, foram identificados casos de estrabismo e um caso de glaucoma congênito unilateral.
Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, mais rápido pode ser iniciada a reabilitação e estimulação visual da criança. "A área que mais vezes foi acometida de alterações foi a mácula, que é responsável pela precisão da visão. As crianças com esse diagnóstico precisam de um tratamento mais agressivo para tentar melhorar essa visão que está comprometida na área central. Ainda não há como reverter esse dano, mas tem como melhorar", esclareceu Camila. O crescimento das crianças é importante de ser acompanhado para poder avaliar a evolução da sua condição. Esse acompanhamento é oferecido pela FAV dentro do Sistema Único de Saúde.
Mutirão de atendimentos
O estudo coordenado por Camila Ventura teve início em dezembro na FAV, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Quem está à frente das pesquisas é a oftalmologista Liana Ventura. De acordo com Liana, é importante que a mãe também realize os exames oftalmológicos, uma vez que também podem ter as suas estruturas óticas afetadas. "As camadas nervosas do olho são muito sensíveis a qualquer tipo de infecção. Os agentes infecciosos se alojam, afetando principalmente as estruturas nobres do olho, no caso, a retina e o nervo óptico", detalhou a médica.
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