Pagamento atrasado Terceirizados do Samu, maternidade e policlínica protestam em Afogados

Publicado em: 21/10/2015 14:47 Atualizado em: 21/10/2015 17:11

Funcionários terceirizados que atuam no tele-atendimento do Samu e no setor administrativo da Maternidade Bandeira Filho e Policlínica Agamenon Magalhães em Afogados, fizeram um protesto nesta quarta-feira contra o atraso de dois meses no pagamento dos salários e tíquetes alimentação. Esta tarde, os trabalhadores, ligados às empresas RPL e Pernambuco, se concentram em frente à Biblioteca Pública de Afogados.

Na sexta-feira passada, trabalhadores terceirizados que atuam nos hospitais da rede pública estadual cruzaram os braços pelo mesmo motivo. Concentrados em frente ao prédio da Secretaria de Saúde do Estado, no Bongi, denunciaram o atraso no pagamento dos salários há um mês e dos vales, há seis meses. A greve prejudicou o serviço de limpeza das unidades de saúde como os hospitais Getúlio Vargas, Otávio de Freitas, Geral de Areias e da Fundação de Saúde Amaury de Medeiros (Fusam).

No dia 29 de setembro, foi a vez dos terceirizados que atuam no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife pararem o trabalho como estratégia de mobilização pelo pagamento de salários atrasados. A categoria reivindicou salários e tíquetes alimentação atrasados há quase dois meses. Os cerca de 70 trabalhadores que fazem os serviços de remoção de corpos nas ruas, preparação de cadáveres e limpeza do IML, paralisaram as atividades e 11 corpos deixaram de ser liberados.

Na semana anterior, Na sexta-feira passada, os trabalhadores terceirizados que prestam serviço no Hemope retomaram as atividades após três dias de protestos em frente ao prédio sede da unidade, no bairro das Graças. A categoria conseguiu acordo com governo do estado. Vigilantes, auxiliares de portaria, auxiliares de serviços gerais e administrativos, que tinham os salários e tíquetes alimentação atrasados há dois meses, devem receber o salário do mês de julho até hoje e o de agosto na próxima sexta-feira. Para compensar os dias da paralisação, os trabalhadores decidiram unir os dois turnos nesta sexta-feira. As doações de sangue não foram sendo prejudicadas pela paralisação.


Na semana anterior, os funcionários terceirizados do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife realizaram um protesto unificado. Eles sairam em passeata do Parque 13 de Maio, onde estavam concentrados, em direção ao prédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Rua da Aurora, e em seguida foram para o Palácio do Campo das Princesas. Mais de 300 pessoas participaram do ato. Com um caixão, boneco gigante, faixas, cartazes, vestidos de pretos, os trabalhadores denunciaram a falta de pagamento de salários há dois meses. Eles entregaram ao TCE uma carta aberta pedindo providências urgente. No palácio, uma comissão foi recebida.

Na ocasião, os terceirizados também ameaçam parar as atividades, caso não tenham uma previsão para o pagamento dos vencimentos atrasados. Eles dizem que estão também sem receber tíquete alimentação e vale transporte. Os funcionários trabalham em sua maioria em escolas e hospitais do estado e do município.

Em agosto, também fizeram o mesmo protesto e uma comissão chegou a ser recebida no Palácio do Campo das Princesas pela Secretaria da Casa Civil. Na ocasião, o secretário-executivo Marcelo Canuto disse que o governo estava empenhado em reduzir os atrasos nos salários. A Secretaria Estadual de Saúde lembrou que o órgão estava tentando regularizar os repasses às empresas terceirizadas que prestavam serviço à rede estudual. Já Secretaria de Administração do Recife afirmou que o pagamento das empresas terceirizadas que prestam serviço às Secretarias de Educação e Saúde estavam com todos os contratos estão dentro do prazo legal previsto na Lei Federal 8.666.





MAIS NOTÍCIAS DO CANAL